Conhecer o usuário é conhecer o mercado, esse foi o mote da palestra do Samsung Developers Day, evento dedicado aos desenvolvedores de aplicativos para dispositivos móveis e Smart TV nesta segunda-feira, 1, no Auditório do MASP, em São Paulo. “A gente precisa entender o usuário para buscar novos modelos de negócios”, explica a gerente de marketing no Media Solution Center da Samsung na América Latina, Aline Silva, ao apresentar parcerias entre a Samsung e conhecidos nomes do mercado com sua loja de aplicativos Android, a Galaxy Apps.

Aline citou como exemplo a promoção que a loja online Dafiti realizou durante o lançamento do smartphone Samsung Galaxy S5, em 2014. “A Dafiti fez uma parceria de gift (presente na Galaxy Apps), durante o lançamento do Galaxy S5. Quem comprou o S5 no Brasil, México, Chile, Colômbia e Argentina ganhou um desconto de US$ 32 em compras. Sem pegadinhas. Apenas baixando no Galaxy Apps”, afirma. Segundo a gerente de Marketing, a promoção funcionava com a aplicação reconhecendo o device e dando o desconto.  “A gente ofereceu para a Dafiti o marketing. E-mail marketing, notificações (atingiram 1 milhão de impressões) e informações em ponto de venda”, completa a executiva. Ela recorda que, no México, durante uma semana, conseguiram entregar 1,8 milhão de impressões em uma campanha no dia das mães.

A executiva afirma que o Brasil é o principal mercado de apps da loja Samsung. Ela ressalta que o foco da loja de aplicativos Galaxy Apps é a qualidade dos apps, e não a quantidade. “Foi uma longa discussão que tivemos na empresa (Samsung). Nós decidimos que não queríamos ser uma loja com um monte de aplicativos. Nosso intuito é trabalhar com curadoria e bons aplicativos, através de parcerias”, afirma Aline.

Concorrência

No entanto, os desenvolvedores ainda olham com cautela para a loja da Samsung e de outros concorrentes. Eles acreditam que a Google Play ainda é a loja principal e que dá mais destaque aos seus produtos. Um dos desenvolvedores presentes comentou: “A maior loja ainda é a do Google. Nas outras você precisa baixar o app da loja para ter acesso. É complicado para o usuário entender. O foco (do programador) ainda é na Google Play. O resto é muito pequeno. Algo como 99 para 1."