Anunciado em junho pelo Ministério das Comunicações, o projeto de um Plano Nacional de Comunicação entre Máquinas e Internet das Coisas (M2M e IoT, nas siglas em inglês, respectivamente) pode sair do papel até o final do ano. Segundo o gerente de projetos do departamento de indústria, ciência e tecnologia da secretaria de telecomunicações do Minicom, Thales Marçal Netto, é este o cronograma do governo.

"É uma intenção, para a captura de informações, para a gente ver de que lado precisamos caminhar, tudo depende muito do retorno do setor privado e do ministério e assim a gente poder formar esse documento e poder sair com o plano, mas a previsão é até o final do ano", declarou ele a este noticiário após apresentação no Painel Telebrasil nesta segunda, 31.

Netto cita como pontos importantes na discussão do Plano Nacional de M2M/IoT as questões tributárias, a geração de oferta e demanda, os planos regulatórios e de educação e a pesquisa & desenvolvimento na área. Entretanto, ele considera que pontos-chave como segurança e privacidade das informações e a necessidade de interoperabilidade podem ser decisivos. "Acho que pode emperrar e não deixar desenvolver rapidamente", confessa.

Alheia ao plano, há uma proposta de um showroom do ministério em Brasília para apresentar aplicações de máquina-a-máquina e IoT. Isso aconteceria em novembro, na Esplanada dos Ministérios, e apresentaria às empresas privadas, à população e à imprensa "as soluções de M2M acontecendo de fato". A proposta ainda depende de aprovação interna no Minicom.

Netto é membro também da Câmara de Gestão M2M, criada em 2014 para estudar e acompanhar aplicações como política industrial e de tecnologia. As verticais abordadas são cidades inteligentes, agronegócio, saúde, educação, produtividade industrial, logística, transporte, energia e "outros". Segundo ele, a terceira reunião da entidade acontecerá no próximo dia 9 de setembro.