Depois de uma enxurrada de críticas sobre o compartilhamento do status de HIV de seus usuários com duas empresas – Apptimize e Localytics –, o aplicativo de relacionamento entre pessoas homoafetivas Grindr (Android, iOS) se defendeu nesta terça-feira, 3, afirmando que as informações foram compartilhadas de acordo com as práticas padrões do setor e que o app foi injustamente “discriminado”. A informação vem do site da BBC News.

O Gabinete do Comissário de Informação do Reino Unido (ICO) disse que está investigando o caso. Em um comunicado, a empresa disse que está trabalhando para “estabelecer a escala de qualquer impacto nos usuários do Reino Unido” e informou que os dados não foram compartilhados com nenhum anunciante.

Apptimize e Localytics são pagas para monitorar como os usuários interagem com o software para ver o que poderia ser melhorado. As informações mais confidenciais foram criptografadas, disse Grindr – embora um grupo norueguês tenha dito que o compartilhamento de outros dados não criptografados equivalia a uma potencial invasão de privacidade.

“O status de HIV está ligado a todas as outras informações. Essa é a questão principal”, disse Antoine Pultier, da Fundação para Pesquisa Científica e Industrial, em entrevista ao BuzzFeed. “Eu acho que isso é a incompetência de alguns desenvolvedores que enviam tudo, incluindo o status de HIV”, completou.