O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg refutou nesta quarta-feira, 4, a história publicada ontem pela Reuters de que não levaria as salvaguardas de privacidade do Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR) para o resto do mundo.

“No geral, acho que regulamentações como essa são muito positivas”, disse Zuckerberg em teleconferência com repórteres hoje e noticiado pelo site TechCrunch. “Pretendemos disponibilizar os mesmos controles em todos os lugares, não apenas na Europa.”

Se será o mesmo formato exato, o CEO disse que, provavelmente, não. “Precisamos descobrir o que faz sentido nos diferentes mercados que têm leis diferentes em lugares diferentes. Mas deixe-me repetir isso: vamos disponibilizar todos os controles e configurações em todos os lugares, não apenas na Europa.”

Sobre o GDPR

O GDPR entra em vigor em 25 de maio e coloca requisitos nos controladores de dados, forçando-os a explicar às pessoas que dados pessoais pretendem coletar e por quê. É focado em torno do consentimento. O Facebook fez seus próprios movimentos para aumentar o consentimento para a segmentação de anúncios. O TechCrunch informou que o Facebook planeja implementar uma Ferramenta de Certificação de Audiências Personalizadas que exigirá que as empresas comprometam-se a obter o consentimento para coletar endereços de e-mail e números de telefone que estão enviando ao Facebook para a segmentação de anúncios.

O GDPR também permite que os usuários solicitem uma cópia de suas informações pessoais gratuitamente e recebam uma resposta dentro de um mês. Dá às pessoas o direito de não estarem sujeitas a decisões significativas de empresas que afetam sua privacidade. Os usuários também têm alguns direitos para apagar seus dados pessoais se eles retirarem o consentimento ou não forem mais necessários pelo motivo de terem sido coletados. Violações podem desencadear multas pesadas.