A TIM encerrou 2017 com números positivos. De acordo com seu balanço financeiro divulgado na noite desta segunda-feira, 5, houve avanço no lucro líquido e na receita líquida, especialmente por conta do aumento no consumo de dados e SVA.

A receita líquida da TIM no trimestre foi de R$ 4,26 bilhões, um aumento de 5,3% comparado a igual período de 2016. No acumulado de 2017, foi de R$ 16,23 bilhões, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior.

Na divisão por área, o serviço móvel totalizou receitas de R$ 3,86 bilhões no trimestre (aumento de 6,2%) e de R$ 14,69 bilhões nos 12 meses (aumento de 5,1%). O destaque no segmento foram as receitas de dados e conteúdo (SVA), que aumentaram 43,2% no trimestre e 37,7% no acumulado do ano, totalizando R$ 2,37 bilhões e R$ 8,60 bilhões, respectivamente. A empresa diz que o desempenho é “função do posicionamento da companhia em oferecer mais pacotes de ofertas recorrentes e conteúdo incorporado a essas ofertas”. A receita com pacotes recorrentes “mais do que dobrou” no comparativo anual, diz a TIM.

Por outro lado, as receitas de voz local (assinatura e utilização) caíram 33,4% no trimestre e ficaram em R$ 867 milhões. No ano, reduziu em 23,8%, fechando o ano com R$ 3,72 bilhões. As receitas de voz de longa distância também caíram: 24,7% (R$ 244 milhões) no trimestre e 25,8% (R$ 1,05 bilhão) na soma dos 12 meses. Receitas de interconexão voltaram a sofrer impacto da redução da VU-M e caíram 11,2% (total de R$ 235 milhões) e 21,3% (R$ 835 milhões), respectivamente.

O serviço fixo (como telefonia e banda larga) cresceu 6,1% entre outubro e dezembro, totalizando R$ 213 milhões. Em 2017, as receitas desse segmento foram de R$ 787 milhões, aumento de 4,7%. Já a receita com produtos caiu 9,6% e 15,3% no trimestre (R$ 182 milhões) e no ano (R$ 760 milhões).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) aumentou 12,8% no trimestre e fechou dezembro com R$ 1,77 bilhão. Considerando o EBTIDA “normalizado” (com venda de torres e custos temporários), o valor é o mesmo, mas o crescimento é de 13,3%. No acumulado do ano, o crescimento foi de 14,2% (13,7% normalizado), total de R$ 5,95 bilhões. A margem EBTIDA cresceu 2,8 pontos percentuais (p.p.) e ficou em 41,6% no trimestre, o que a empresa diz ser um recorde histórico. No ano, avanço foi de 3,3 p.p., fechando o período em 36,6%.

O lucro líquido da TIM avançou 66% nos três últimos meses de 2017, totalizando R$ 604 milhões. No acumulado, o crescimento foi de 64,5%, total de R$ 1,23 bilhão. O resultado financeiro líquido da empresa, entretanto, foi negativo em R$ 119 milhões (aumento de 17,7%) no trimestre; e em R$ 498 milhões no ano (aumento de 21,1%).

O Capex da operadora no trimestre foi de R$ 1,66 bilhão, uma redução de 2% em relação ao quarto trimestre de 2016. A empresa diz que 89% dos investimentos foram dedicados à infraestrutura, “principalmente” rede de transporte, LTE e TI. No acumulado do ano, o Capex foi de R$ 4,15 bilhões, redução de 7,9% em função de eficiência em cobertura, mais equipamentos e fibra, (mas com menos recursos por conta de melhores condições negociadas).

A dívida total da TIM em dezembro era de R$ 6,42 bilhões, redução de 22,9%. A relação dívida líquida/EBTIDA foi de 0,45x no trimestre. A dívida líquida encerrou o ano em R$ 2,70 bilhões.