Na próxima sexta-feira, 10, o Dia Mundial da Pizza é celebrado e o maior ganhador nesse dia são as pizzarias. Apenas na cidade de São Paulo, mais de 1 milhão de pedaços de pizza são vendidos por dia, segundo a Associação Pizzarias Unidas. De olho nesse mercado, uma empresa de tecnologia da capital paulista procurou criar um aplicativo para sistemas Android e iOS dedicado ao delivery de pizzas, o Touch Pizza.
Até aqui, a pizza dividia espaço com outros alimentos como hambúrguer e sushi em apps de entrega, explica Leonardo Maia, CEO e fundador do serviço. Em entrevista ao MOBILE TIME, como o estopim para criar a ideia do Touch Pizza, Maia aponta uma “frustração” ao tentar comprar uma “redonda” por um app popular.
Lançado em março, o aplicativo de entrega de pizza funciona como um “self-service”. O usuário digita suas informações residenciais como CEP, rua, número e complemento. As pizzarias da região cadastradas no app aparecem na tela do smartphone. Clicando nelas, o usuário pode escolher o sabor desejado. Ao todo, 2 mil pizzarias de 80 cidades estão cadastradas na ferramenta.
O Touch Pizza ainda funciona com a opção de busca por ingredientes específicos em uma pizza ou o registro do sabor e da pizzaria favorita, para pedir na próxima vez que acessar o aplicativo. O usuário possui duas opções de retirada: no balcão ou entrega delivery. Ele ainda pode pedir bebidas e decidir o formato de pagamento (cartão de crédito, cartão de débtio, cheque ou dinheiro).
Do lado do pizzaiolo, o acesso é feito por meio de uma plataforma web que fica armazenada em um servidor na nuvem. O restaurante recebe o pedido, confirma seu recebimento e avisa ao cliente quando o entregador levará o alimento. Nesta plataforma, que é acompanhada por uma central de atendimento, os estabelecimentos ainda conseguem atualizar seu cardápio, colocar fotos, preços e fazer promoções sazonais.
Modelo de negócios
De acordo com Maia, o Touch Pizza tem um modelo de negócios baseado no relacionamento com as pizzarias. Eles recebem um valor de menos de R$ 1 por pizza vendida, que pode variar de pizzaria para pizzaria. Não há cobranças em cima da taxa de entrega para o usuário.
Quando perguntado se adicionará o pagamento da pizza por meio do app, Maia rechaçou a ideia, por um pedido dos donos das pizzarias. “Isso foi proposital. As pizzarias têm resistência ao pagamento online”, explica o CEO do Touch Pizza. “Elas reclamam que os apps atuais retêm até 45 dias o pagamento do cliente”.
Com 20 anos de experiência no setor de software, Maia tem investido muito também em propagandas e campanhas com rádio e redes sociais, em especial em São Paulo, com a Rádio Metropolitana e a 89 FM Rádio Rock. Questionado como é feita essa relação, o CEO do Touch Pizza revela que uma grande companhia do setor alimentício é sua sócia e possui experiência em campanhas do gênero. Porém não revelou o nome.
Consumo
Embora esteja em 80 cidades, o executivo do aplicativo de pizza revela que a maioria dos seus clientes são os moradores da região da Grande São Paulo – metade das 2 mil pizzarias cadastradas são dessa região. Ao todo, são 2 mil pedidos por semana, e a empresa espera chegar a 5 ou 7 mil pedidos até o fim do ano.
Das entregas atuais, os sabores mais requisitados são as tradicionais “Mussarela” e “Calabresa”, com uma alta incidência de “Frango com Catupiry”. “Entre 10 e 12 sabores tradicionais correspondem a 90% dos pedidos no app”, revela Maia. O CEO da Touch Pizza aponta que o preço médio da pizza no aplicativo é de R$ 34.
Próximos Passos
Com clientes como os restaurantes Babbo Giovanni, Tutti Pizza e milhares de pizzarias de bairro, o Touch Pizza deve adicionar a Domino’s Pizza em breve e busca passos maiores. “Vamos criar uma opção para escolher apenas pizzas no balcão. Isso deve permitir uma negociação com a Pizza Hut”, explica o empreendedor, que também espera abrir espaço para padarias com a opção.
O app deve receber neste mês uma versão para o App Sync da Ford, o que possibilitaria ao usuário fazer o pedido por comando dde voz dentro de seu carro. O CEO afirma que pode incluir novas opções, como calzones, além do nada habitual “metade doce e metade salgada”, por solicitação de algumas pizzarias.