O mercado brasileiro de mPOS (uso do smartphone como uma máquina para recebimento de pagamento com cartão de crédito) está aquecido e crescendo rapidamente com a competição entre grandes players nacionais e internacionais, como Cielo, iZettle, Pagseguro, Payleven e SumUp. Por ser um negócio recém-nascido, pouco se sabe sobre seus usuários. Isso mudará aos poucos, conforme são realizadas e divulgadas pesquisas com esse público alvo. Uma das primeiras contribuições nesse sentido parte da Payleven, que entrevistou 2 mil de seus usuários para conhecer melhor o perfil deles. A primeira curiosidade: a maioria são mulheres (59%). E três em cada quatro usuários têm entre 18 e 40 anos, ou seja, são relativamente jovens, característica predominante entre empreendedores e pessoas interessadas em tecnologia.

A principal razão que levou essas pessoas a adotarem uma solução de mPOS foi evitar a perda de vendas, citada por 41% dos entrevistados. Em segundo lugar ficou a preocupação com a segurança e por não querer mais aceitar cheques (27%). As demais razões são: possibilidade de parcelamento (12%); facilidade de vendas (9%); diferencial para o negócio (9%); e redução de custos (2%).

A pesquisa também perguntou sobre qual é a principal vantagem de se aceitar pagamento com cartão no celular. 28% apontaram a facilidade de uso; 24%, o atendimento e suporte; 21%, taxas melhores; 17%, facilidade para o cliente; 5%, controle de vendas; e 5%, antecipação de recebíveis.

Empreendedorismo

A maioria dos usuários de mPOS são profissionais liberais e microempresários. Perguntados sobre por que abriram um negócio próprio, 37% responderam que eram funcionários; 23%, porque estavam insatisfeitos com o emprego anterior; 20% deram continuidade a um negócio de família; 13%, para dar início à carreira; e 10%, para ter uma renda extra. Os principais desafios apontados por eles para o início de seus negócios foram a fidelização dos clientes, a obtenção de capital inicial e a cobrança dos clientes.

Embora a pesquisa tenha se limitado a clientes da Payleven, é possível inferir que as respostas não seriam muito diferentes na base de usuários dos demais serviços de mPOS existentes no Brasil.