O volume de buscas feitas no Google por 'lojas e estabelecimentos perto de mim' cresceu 4 vezes nos últimos 12 meses, sendo que 82% das buscas acontecem em smartphones. É o que afirma a diretora para o segmento de varejo e tech do Google Brasil, Claudia Sciama, sobre a categoria "ir" dos micro-momentos dos usuários móveis – quando um internauta busca por mais informações sobre um produto ou serviço através de um smartphone ou tablet.

"As pessoas já contam que o celular vai ajudar a dar informações sobre lojas por perto", explicou a executiva. Ela adicionou que 74% dos usuários móveis pesquisam produtos na Internet para comprar dentro de uma loja física. "O grande negócio aqui é como trabalhar uma estratégia multicanal para alavancar mais vendas".

Buscando um exemplo dos Estados Unidos, Claudia citou a Sears e seu aumento de 122% depois de usar o Google Shop, uma ferramenta de publicidade e compras online da companhia que ainda não está em uso no Brasil. Para cada dólar investido na plataforma, a Sears teve um retorno de US$ 8.

"Hoje o consumidor avalia, troca e posterga uma compra. Isso é um desafio com o atual cenário", conceituou Gledys Salvanha, diretora para o segmento imobiliário do Google Brasil. "Os consumidores não deixaram de comprar, mas eles querem mais. Eles são mais seletivos".

Saber, fazer e comprar

Claudia Sciama abordou outros três micro-momentos relevantes (saber, fazer e comprar) durante sua apresentação na edição 2015 do Think With Google nesta terça-feira, 15, em São Paulo.

Para o "saber", que consiste em buscar informações antes de uma compra, 65% dos usuários de smartphone pesquisam no Google sobre um comercial visto na TV, algo que evidencia o fenômeno de second screen (segunda tela).

Como exemplo, a executiva citou um crescimento de 200% no tráfego de web no site da Skol após uma nova campanha publicitária, no último mês. Curiosamente, houve um aumento de 85% nas buscas de mulheres que descobrem estarem grávidas em termos "como ser mãe".

No micro-momento "comprar", Claudia informou que 14% dos usuários móveis brasileiros já fizeram compras pela internet e buscaram o produto nas lojas – nos Estados Unidos esse universo de compradores representa 40% dos consumidores desses dispositivos.

"Cada vez mais, as pessoas querem resolver seus problemas em tempo real", compartilhou a diretora. "Essa necessidade de conveniência – comprar online e buscar na loja – está tornando-se básico para os clientes".

Sobre o "fazer", a executiva indicou um aumento de 72% nas buscas com as palavras 'como fazer', tanto no motor de buscas do Google como no YouTube. Dentre os exemplos mais fortes, ela cita 'como fazer trança (de cabelo)'.