O Facebook confirmou para a imprensa europeia que seu CEO, Mark Zuckerberg, se reunirá com membros do Parlamento Europeu, em Bruxelas,  para discutir questões sobre privacidade. A data ainda não foi confirmada, mas o presidente do parlamento, Antonio Tajani, acredita que será na próxima semana, entre 21 e 25 de maio. No entanto, o encontro será a portas fechadas.

“Nossos cidadãos merecem uma completa e detalhada explicação. Eu parabenizo a decisão de Mark Zuckerberg de aparecer pessoalmente diante dos representantes de 500 milhões de europeus. É o passo certo para a direção correta para restaurar a confiança”, escreveu Tajani em sua declaração para a imprensa.

Reino Unido

Para a imprensa britânica, a decisão será vista como um desprezo ao parlamento britânico já ,que eles pediram para o CEO aparecer para dar explicações sobre o papel da empresa norte-americana no escândalo da Cambridge Analytica onde dados de dezenas de milhões de pessoas foram usados sem a permissão deles. Zuckerberg recusou um pedido para testemunhar perante a Comissão Digital, Cultura, Mídia e Esporte de Westminster, que reclamou que uma aparição anterior de seu diretor de tecnologia não forneceu detalhes suficientes.

O presidente da referida comissão no parlamento inglês, Damian Collins, disse: “É decepcionante que uma empresa com os recursos do Facebook opte por não fornecer um nível suficiente de detalhes e transparência em vários pontos, incluindo no Cambridge Analytica, dark ads, Facebook Connect, o montante gasto pela Rússia em anúncios sobre o Reino Unido na plataforma, coleta de dados em toda a web, orçamentos para investigações e que mostra discrepâncias gerais entre os respectivos depoimentos de Schroepfer (Mike Schroepfer, CTO do Facebook) e Zuckerberg. Dado que estas eram perguntas que o Sr. Schroepfer anteriormente não respondeu, esperávamos tanto detalhes como dados, e em vários casos só conseguimos desculpas”.

França

No dia 23 de maio, Zuckerberg vai visitar o presidente francês, Emmanuel Macron. De acordo com a assessoria do presidente, os dois terão uma conversa “franca” sobre pricavidade e impostos.