O gasto com água é um dos maiores vilões das contas da virada de ano, quando as altas temperaturas chegam às cidades brasileiras. Com o intuito de melhorar a gestão do consumo de água em condomínios, negócios e residências, a CAS Tecnologia desenvolveu o aplicativo MOBii Minha Conta.

Conectado a um sensor com telemetria e GPRS ligado ao concentrador (medidor de água), o app produz relatórios com medições em tempo real para prever o valor da conta mensal ou um possível vazamento na tubulação, além de enviar notificação (push) para o smartphone indicando a necessidade de reparo em caso de vazamento.

O gerente de produtos da CAS Tecnologia, Marco Aurélio Teixeira afirma que a solução será lançada inicialmente para seus clientes do setor predial no final de 2015; e depois para o varejo no 1º trimestre de 2016. Para residências ainda haverá um estudo de como ele será cobrado. Em fase final de testes, o MOBii Minha Conta possui versões beta para iOS, Android e Windows Phone. O executivo explicou em entrevista ao MOBILE TIME que a solução deve custar algo em torno dos R$ 300 quando for lançado.

“O sensor vai custar na faixa dos R$ 300. Isso é o valor referente ao vazamento de 44 litros por hora em um prédio”, afirmou Teixeira. “No predial, por exemplo, o síndico dilui o preço da solução por apartamentos (condôminos)”.

A companhia brasileira aposta em outros setores, como indústrias que tendem a controlar mais os gastos com energia e água em suas unidades fabris. Mas espera que concessionárias, como a estadual Sabesp de São Paulo, homologuem a solução para o aplicativo poder ser usardo por seus consumidores.

Mudança de pensamento

O gerente da CAS Tecnologia pede aos seus clientes que mudem de raciocínio em relação aos gastos abusivos com a água. “A água deixou de ser um bem barato para ser caro. Em alguns condomínios já é mais caro que uma obra”, relatou Marco Aurélio Teixeira. “O consumidor precisa mudar o raciocínio e contribuir dentro de casa”.

Para o executivo, o consumidor vê os provedores de serviços (utilities) de água, esgoto, energia elétrica e gás como vilões, quando, na verdade, o inimigo está dentro das próprias moradias, como a caixa acoplada do vaso sanitário, que prejudica a conta do condomínio.