O gasto mundial de consumidores em lojas de aplicativos, somando Google Play, App Store e lojas independentes de Android na China, crescerá 92% entre 2017 e 2022 no mundo, passando de US$ 81,7 bilhões para US$ 156,5 bilhões. Trata-se de um crescimento médio anual de 13,9% nesse período. Nesse intervalo, a base mundial de smartphones aumentará 56%, atingindo 6 bilhões. E o gasto médio com apps por usuário subirá 23%, alcançando US$ 26. Os dados fazem parte de um novo relatório da App Annie.

No mesmo intervalo de tempo, o volume mundial de downloads nessas lojas em um ano aumentará 45%, subindo de 178,1 bilhões para 258,2 bilhões, o que representará um crescimento médio anual de 7,7%.

Os analistas da empresa dividem a maturidade dos mercados móveis em três estágios. O primeiro é o de experimentação, quando a maioria dos usuários têm smartphone há pouco tempo e estão baixando muitos apps para experimentar, mas ainda gastando pouco. O segundo é o de expansão, quando o volume de downloads começa a estagnar, mas o tempo de uso dos apps instalados aumenta. E o terceiro é o de maturação, quando o volume de downloads começa a cair, mas a receita sobe.

China, Brasil e Japão

Em cinco anos, a China vai continuar sendo a líder do mercado de apps móveis, tanto em downloads quanto em receita. App Annie projeta que em 2022 os chineses baixarão 119,5 bilhões de apps, ou 23% a mais que em 2017, e gastarão com eles o equivalente a US$ 62,42 bilhões, aumento de 16% em cinco anos.

Em downloads a Índia manterá o segundo lugar em 2022, mas bem distante da China, com 37,2 bilhões. Estados Unidos (10,3 bilhões); Brasil (8,4 bilhões) e Rússia (6,7 bilhões), completam o ranking dos cinco mercados com mais downloads. Note-se que, nesse grupo, os EUA, em razão da sua maturidade, será o único a registrar queda no volume em cinco anos, com redução de 3,4%. No caso do Brasil, a quantidade de downloads crescerá 8%.

Em gastos com apps, depois da China, os outros quatro maiores em 2022 serão: EUA (US$ 29,7 bilhões), Japão (US$ 20,9 bilhões), Coreia do Sul (US$ 7,9 bilhões) e Alemanha (US$ 2,7 bilhões). Em termos de gasto médio anual com apps por usuário, o líder absoluto será o Japão em 2022, com US$ 140, seis vezes mais do que a média mundial.