A TIM planeja iniciar as operações 4G pela faixa de 700 MHz em todas as cidades hoje cobertas com as redes LTE em 2,5 GHz. A ampliação da infraestrutura, explica Leonardo Capdeville, CTO da operadora, se dará tão logo as faixas sejam liberadas no processo de desligamento de TV analógica. Nas cidades em que a liberação não depende da migração, o plano é ampliar a cobertura de 700 MHz tão logo haja a liberação da agência. "Investimos mais de R$ 3 bilhões na faixa de 700 MHz e o quanto antes iniciarmos as operações na faixa, mais otimizado será esse investimento", diz Capdeville.

A contratação dos fornecedores deve ser concluída até novembro, diz ele. "Vamos ter operações em 700 MHz em todas as cidades que hoje temos cobertura LTE e vamos ampliar também. Esse ano chegamos a 1 mil cidades com LTE e nosso plano é dobrar em 2017", disse o executivo durante coletiva na Futurecom, que acontece esta semana em São Paulo. "Nosso plano original era chegar a 90% da população coberta com 4G. Com 700 MHz poderemos chegar a 93%", diz Capdeville. A operadora também deve atuar nas principais cidades com agregação de portadoras nas faixas de 700 MHz, 1,8 GHz e 2,5 GHz, mas Capdeville prefere não antecipar quantas cidades trabalharão com esse tipo de tecnologia, que aumenta a velocidade de download e de upload.

Para o CTO da empresa, a aposta em uma expansão forte em 4G foi importante pois está permitindo um uso mais otimizado da rede. "Hoje, 54% dos acessos a dados em nossa rede se acontecem por celulares 4G, e 35% do tráfego se dá em redes 4G. Temos um potencial muito grande de expandir o tráfego na rede LTE", explica.

A TIM aposta que a rede 4G será importante também para o ambiente de Internet das Coisas. Capdeville exemplifica com o potencial de cobertura rural com LTE, sobretudo combinando a faixa de 700 MHz com a tecnologia Narrowband IoT (NbIOT), focada em coberturas de grandes áreas com terminais de baixo custo (abaixo de US$ 5) e altíssima duração de baterias (10 anos).