Uma das principais novidades que o Google lançará até o fim do ano serão os chamados "aplicativos instantâneos", ou "instant apps", em inglês. Trata-se de oferecer uma experiência de aplicativo nativo sem que o usuário precise baixar o app completo. Na prática, o que o Google conseguiu criar foi uma maneira de transformar qualquer aplicativo Android em uma página web, aberta pelo navegador do smartphone.

A novidade pode revolucionar a experiência de comércio móvel no futuro. Por exemplo: se o usuário clicar no anúncio de um tênis de corrida, em vez de ter que baixar o aplicativo do varejista, seria aberta uma tela igual à do app nativo, mas diretamente na página do check-out, já com o produto selecionado. Se o usuário já tiver cadastrado os dados do seu cartão no Android Pay, bastará mais um clique para comprar.

Os apps instantâneos são a apresentação dos apps nativos em recortes através do navegador do smartphone. Eles vão funcionar até mesmo em versões antigas do Android, da Jellyean em diante. O lançamento é esperado para o fim do ano. Um dos parceiros que testará a novidade primeiro será a Disney, que vai transformar em app instantâneo o aplicativo de verificação de tempo de espera na fila das atrações da Disneylândia.

O Google apresentou os apps instantâneos durante a sua conferência anual de desenvolvedores, nesta quarta-feira, 18, nos EUA.

Análise

O conceito de app instantâneo vai modificar completamente o mundo dos aplicativos móveis. Ele tende a fazer com que as lojas de aplicativos percam importância, assim como o download enquantro métrica de popularidade de um app, afinal, este poderá ser extremamente popular sem ter tido um único download sequer. Quem ganha importância será o próprio mecanismo de busca do Google e os anúncios móveis, que serão um caminho natural para o acesso a apps instantâneos.

Mais ou menos como acontece na música e nos filmes, com apps de streaming tais como Spotify e Netflix, as pessoas poderão "acessar" apps em vez de baixá-los e tê-los armazenados. Isso, aliás, resolve o problema de falta de memória enfrentado principalmente por usuários de países emergentes com modelos Android de entrada.