O app Helpie, que conecta prestadores de serviços com seus clientes, ganhou notoriedade depois que a App Store o colocou na aba “apps que amamos” e na “apps feitos no Brasil”. Apesar de se concentrar em São Paulo, o aplicativo passou a contar com 700 profissionais cariocas. O crescimento orgânico, sem o menor esforço por parte da equipe, fez com que os sócios formalizassem a ida do Helpie para o Rio.

“No momento, o Rio não tem os 400 serviços oferecidos em São Paulo, por exemplo, mas é uma questão de tempo”, diz o cofundador e CEO, Leandro Gotz. De qualquer forma, ainda segundo Gotz, caso alguém precise de um serviço (que eles chamam de “necessidade”) que não esteja no app, o time de retaguarda do escritório vai atrás e a meta é que, em até três horas, a equipe apresente ao usuário um profissional qualificado para aquela tarefa.

O Helpie disponibiliza dois aplicativos, um para os prestadores de serviço (Android, iOS) e outro para os clientes (Android, iOS). Eles funcionam de forma integrada, conectados pelo backend da empresa. Lá, é possível que clientes e profissionais troquem mensagens e, mais recentemente, fotos também. Quando as duas partes entram em consenso, e o cliente faz o pagamento (in-app, com cartão de crédito), o valor fica retido no aplicativo até que o cliente confirme que o serviço foi concluído. Com o pagamento efetuado, é liberado ao usuário o telefone do profissional e para o profissional é mostrada a localização precisa de onde o serviço será feito. “No entanto, o profissional nunca verá o telefone do usuário pelo app. Queremos garantir a privacidade do cliente”, afirma o CEO.

O aplicativo também conta com um dispositivo de disparo dos pedidos por ondas, ou seja, progressivamente. Assim, um cliente que pede, por exemplo, um pintor especializado em pátina, vai receber indicações de profissionais localizados na proximidade, mas que sejam efetivamente conhecedores do assunto. O app calcula a relevância do profissional para aquela tarefa a partir da localização, mas também pelas avaliações de outros usuários e pelo número de clientes que já atendeu. “Também temos uma equipe de super helpers, que são os profissionais com os quais podemos contar sempre. Eles são da nossa confiança”, explica Gotz.

Meta: ser referência

Para o CEO, a meta é transformar o Helpie numa referência para quem procura serviços gerais. “Queremos ser como a OLX e o Mercado Livre, por exemplo, que não fazem parte de um nicho. Nós não queremos ser nicho”, conta. Para Gotz, o caminho trilhado está levando a equipe de 15 colaboradores para o rumo desejado. Segundo o CEO, os números do app crescem em média 20% ao mês, tanto o Gross Merchandise Volume (GMV), quanto o número de necessidades abertas por mês.