A fabricante HMD, detentora da marca Nokia para smartphones e celulares, angariou US$ 100 milhões em uma nova rodada de investimento. Como resultado, a companhia chegou a US$ 1 bilhão de valor de mercado nesta segunda-feira, 21, alcançando o status de “unicórnio”, ou seja, empresas com valor superior a US$ 1 bilhão.

O aporte financeiro à startup foi capitaneado pela Ginko Ventures via Alpha Ginko e ainda contou com a participação de DMJ Asia Investment Opportunity e da Wonderful Stars (uma subsidiária da FIH Mobile, responsável pela fabricação dos handsets Nokia e principal parceira da HMD na empreitada).

Com a injeção de capital, a HMD pretende ter uma posição mais “agressiva” no mercado. Seus próximos objetivos são a expansão do portfólio de smartphones Nokia e dobrar o alcance de seus canais em mercados estratégicos para a empresa.

Criada em 1º de dezembro de 2016 por ex-funcionários da Nokia, a HMD registrou uma receita de 1,8 bilhão de euros e um prejuízo operacional de 65 milhões de euros em seu primeiro ano. Ao todo, os handsets da Nokia são vendidos em mais de 250 mil lojas ao redor do mundo, através de mais de 600 parceiros diretos de venda. Seu campo de atuação tem sido principalmente Ásia, América do Norte e Europa.

Atualmente, o portfólio da Nokia é composto por 27 dispositivos (9 smartphones Android e 18 feature phones). Os equipamentos apresentam características tecnológicas como câmera dupla e leitor biométrico; mas também apelam para a nostalgia dos antigos devices da fabricante, aparelhos que dominaram as vendas globais entre as décadas de 1990 e 2000 com mais de 70 milhões de dispositivos vendidos.

Mesmo sendo uma companhia com viés retrô, a empresa finlandesa procura no público jovem, em especial os millennials, seu principal alvo. Pesquisas internas mostram que dois terços dos compradores dos novos telefones da HMD têm menos de 35 anos de idade. Além disso, o site da Nokia Mobile contabilizou 150 milhões de visitas desde seu lançamento, em janeiro de 2017.