A maioria das vendas de serviços online-to-offline (O2O) através de apps em smartphones no Brasil é de valores abaixo de R$ 50. Essa é uma das descobertas de pesquisa realizada pela Netquest a pedido da Associação Brasileiro de O2O (ABO2O), que acompanhou durante 30 dias, entre fevereiro e março deste ano, os hábitos de uso de 677 brasileiros com smartphones que aceitaram instalar um app de monitoramento.

O estudo foi dividido por segmento, como delivery de comida, chamada de táxi, pesquisa de passagens aéreas e hotéis, compra de ingressos, compras coletivas e serviços de entregas de encomendas.

Em delivery de comida, 54,1% dos usuários gastam entre R$ 10 e R$ 50 a cada compra. E 40,8%, entre R$ 51 e R$ 100. A principal razão para usarem apps de delivery, como iFood e Pedidos Já, é o custo, apontada por 56% dos pesquisados, seguida pela experiência de uso (40%) e pela eficiência (38%). Essas eram as três opções de razões oferecidas na pesquisa.

Na compra de ingressos, 56,8% gastam entre R$ 10 e R$ 50 a cada transação, enquanto 37,1% desembolsam entre R$ 51 e R$ 100. A eficiência (57,6%) neste caso é o principal motivo para a utilização dos apps, seguida pelo custo (45,5%) e pela experiência de uso (41,7%).

Em transporte individual de passageiros, 72% dos usuários registram tíquete médio entre R$ 10 e R$ 50, enquanto 24,2% gastam entre R$ 51 e R$ 100. A eficiência (64,3%) é a principal razão para a utilização.

Na entrega de encomendas, 62,2% gastam entre R$ 10 e R$ 50 a cada pedido, enquanto 22,2% desembolsam entre R$ 51 e R$ 100. Mais uma vez, os consumidores apontam a eficiência como maior motivador (62,2%).

Dentre os principais segmentos estudados, o de compras coletivas é um dos poucos a apresentar um percentual mais alto de vendas acima de R$ 50: 42,5% dos seus usuários têm tíquete médio entre R$ 51 e R$ 100 e 30,5% entre R$ 10 e R$ 50. Neste caso, vale discriminar os resultados das outras faixas: 12,6% gastam entre R$ 101 e R$ 200; 9,2%, entre R$ 201 e R$ 300; e 5,2%, R$ 301 ou mais.

O segmento de busca por passagens aéreas e hotéis também tem um tíquete médio mais alto, afinal, seus produtos são mais caros que aqueles das outras verticais citadas. Neste caso, 55,3% dos usuários gastam entre R$ 100 e R$ 500; 29,2%, entre R$ 501 e R$ 1 mil; e 10,6%, entre R$ 1.001 e R$ 2 mil. O preço é a principal razão para a utilização de apps como Decolar.com, Hotel Urbano, Trivago e afins (66,5%).

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A pesquisa da Netquest confirmou a liderança de alguns players em determinados segmentos que já haviam sido destacados pelo relatório Panorama Mobile Time/Opinion Box publicadoem março. Embora sejam pesquisas com metodologias diferentes, ambas apontaram, por exemplo, a 99 liderando em transporte individual; o iFood, em delivery de comida; e a Ingresso.com, em ingressos de eventos. Contudo, em busca por hospedagem e passagens aéreas, a Netquest aponta a Decolar.com como líder isolada, enquanto na Panorama Mobile Time/Opinion Box aparece a Trivago.