Em 2014, cerca de 30% das compras on-line no mundo foram feitas via dispositivos móveis, estima e empresa de marketing digital de performance Criteo, especializada no atendimento a sites de comércio eletrônico. Em 2015, essa participação deve alcançar 40% na média mundial, e superar 50% em alguns mercados mais maduros, como EUA, Alemanha e certos países asiáticos. No Brasil, a participação de mobilidade gira em torno de 10%. As projeções têm como base a rede de 6 mil clientes da Criteo no mundo.

"Mobile é o grande foco da Criteo no momento e continuará sendo porque é para onde o consumidor está migrando. Estamos acompanhando essa transição para o mobile", comenta Alessander Firmino, diretor de operações da empresa no Brasil. "Os consumidores estão cada vez efetivando mais compras em mobile, em parte porque os e-commerces estão criando sites e aplicativos para facilitar a navegação via dispositivo móvel", acrescenta.

A Criteo analisa o comportamento do consumidor dentro dos sites dos seus clientes para depois entregar publicidade personalizada em uma rede de mais de 7 mil publishers ao redor do mundo. São comprados espaços para anúncios em texto e no formato de banner. E a cobrança é feita por clique.

No Brasil, Dafiti e Netshoes estão entre os clientes da plataforma da Criteo. Quando um consumidor entra no site da Dafiti, a solução registra as páginas de produtos que ele visitou e depois expõe esses mesmos produtos ou similares em espaços publicitários de outros sites, como Facebook e Google. O reconhecimento de que se trata do mesmo consumidor acontece graças a mecanismos de identificação exata ou inferida, que funciona inclusive entre aparelhos diferentes.

Por ser uma publicidade personalizada, a plataforma da Criteo registra taxas de clique acima de média, diz Firmino. E em dispositivos móveis a conversão aumenta ainda mais, por características inerentes a essa mídia.

O executivo lista entre as tendências para 2015 em mobile adveritsing o surgimento de mecanismos para dar mais flexibilidade na geração de anúncios em apps nativos, com formatos e tamanhos diferentes. "Isso vai permitir expandir muito o inventário existente hoje", comenta.