Metade dos brasileiros, ou 51%, para ser exato, guardam em casa pelo menos um celular antigo. E 40% dos brasileiros têm algum acessório telefônico velho guardado em casa.  Estas são algumas das descobertas  de uma pesquisa realizada da PiniOn.

As principais razões apontadas pelos entrevistados para manterem aparelhos velhos em casa são: possibilidade de uso futuro, caso o celular atual quebre ou seja roubado; desconhecimento da forma correta de descarte; manutenção de conteúdos antigos, como fotos e contatos, que estão gravados no aparelho; ou, simplesmente, o esquecimento. A empresa coletou algumas respostas dos entrevistados para exemplificar essas motivações. "É sempre bom ter um aparelho reserva, caso o meu quebre, ou seja roubado. Se ficar na assistência, tenho outro para usar", disse um homem do Nordeste, de 26 anos, da classe B. "(O aparelho) possui foto da minha filha bebê que não consigo revelar nem fazer nada por causa do aplicativo, que é ruim", justificou uma mulher de 23 anos do Sudeste, da classe C.

Entre os 40% dos brasileiros que têm algum acessório telefônico velho guardado em casa, mais uma vez a principal justificativa é ter opções de reserva, caso os acessórios atuais quebrem ou sejam perdidos. "A gente sempre acha que pode servir para alguma coisa um dia e acaba guardando", explicou uma mulher de 34 anos, do Sudeste, da classe C1.

A pesquisa também indagou o que as pessoas fizeram com seu celular da última vez que trocaram de aparelho. 37% deram para algum parente ou amigo; 24% ainda mantêm o aparelho em casa; 17% venderam para algum amigo ou parente; 6% venderam para um desconhecido; 4% jogaram no lixo; 2% ainda não precisaram trocar; 1% doou para uma ONG; e 6% disseram que a destinação foi outra, diferente de todas as previstas na pesquisa.

Outros eletrônicos

A disposição de manter os produtos em casa não é a mesma quando se trata de aparelhos eletrônicos de médio ou grande porte. Nestes casos, a maioria da população procura se livrar deles. Apenas 5% mantêm aparelhos de médio porte velhos e sem uso em casa, como batedeiras e computadores. E somente 3% fazem o mesmo com eletrodomésticos de grande porte, como fogões e geladeiras.

No caso daqueles de médio porte: 41% deram para algum parente ou amigo; 13% venderam para um desconhecido; 13% jogaram no lixo; 12% venderam para algum parente ou amigo; 7% doaram para alguma ONG ou para reciclagem; 7% nunca precisaram trocar; 5% ainda mantêm em casa os aparelhos velhos; e 3% disseram que a destinação foi outra. Com os de grande porte: 46% deram para parentes ou amigos; 15% venderam para um desconhecido; 14% venderam para parentes ou amigos; 10% nunca precisaram trocar; 6% deram para alguma ONG ou para reciclagem; 4% jogaram no lixo; 3% ainda têm em casa; e 2% disseram que a destinação foi outra.

A pesquisa foi realizada em maio com 765 pessoas com 18 anos ou mais de idade, de todas as regiões do Brasil e das classes A, B e C. As entrevistas foram todas realizadas através do app da PiniOn. Os respondentes foram convidados a enviarem fotos dos seus aparelhos velhos através do aplicativo. A imagem acima é um apanhado de algumas das fotos enviadas pelos entrevistados.

Análise

Faltam no Brasil campanhas efetivas para a promoção do devido descarte e reciclagem de aparelhos antigos. Há inúmeros aparelhos que poderiam ter parte dos seus componentes aproveitados.

Agora, com a crise econômica, é provável que ao longo dos próximos meses diminua o percentual de pessoas que mantêm celulares velhos em casa e cresça aquele de pessoas que preferem vendê-los.