A crise econômica tem feito com que a indústria de bens de consumo reduza seus gastos com mídia e concentre investimento em soluções que dão maior eficiência à sua operação, o que inclui o monitoramento dos pontos de venda. É o que percebe o executivo Fábio Costa, diretor comercial da IPDV, empresa especializada em soluções móveis para o monitoramento dos pontos de venda pela indústria de bens de consumo. Sua expectativa é de crescer seu faturamento em torno de 25% este ano.

"Quando há uma crise com impacto no dólar, acontece uma mudança de estratégia por parte da indústria. Ela tira dinheiro de mídia e de outras áreas cujo retorno não é palpável e transfere para onde as vendas efetivamente acontecem, que é o ponto de venda (PDV). Percebemos que estão sendo abertas oportunidades para foco no PDV", comenta Costa. O único reflexo negativo decorrente da crise notado pelo executivo em sua empresa até o momento é uma demora um pouco maior por parte dos potenciais clientes em assinar contratos.

A IPDV trabalha com um portfólio com diversas soluções móveis focadas no PDV, desde um app para monitorar o roteiro dos promotores de vendas até catálogos digitais, passando por um app para controle de degustações de produtos em lojas e outro para coleta de informações de preços e de posicionamento de produtos nas prateleiras, dentre outros. Sua carteira de clientes é composta atualmente por 35 empresas, que somam mais de 7 mil usuários. Entre os clientes estão Bauducco, Kimberly-Clark, Medley, Sanofi, Whirlpool e Yoki. A IPDV vende suas soluções como serviço, cobrando uma taxa de set-up e depois outra de manutenção, de acordo com o tamanho do projeto e a quantidade de usuários.