Dos quatro segmentos de apps (chamada de táxi, delivery de comida, venda de ingresso e reserva de hotel) analisados pela primeira pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box: M-commerce no Brasil, o único que não apresenta um líder de mercado claro no País é o de reserva de hotel. É também o serviço com a menor penetração entre os quatro: apenas 11,6% dos internautas brasileiros com smartphone disseram ter feito pelo menos uma reserva de hotel através de um app nos últimos seis meses. Cabe destacar que a pesquisa foi feita entre o fim de agosto e começo de setembro, logo, o intervalo de seis meses antes não inclui as férias de fim de ano, que costumam ser a alta temporada de viagens.

Para o grupo que fez pelo menos uma reserva através de aplicativo, a pesquisa solicitou que informasse espontaneamente qual o app que utiliza com mais frequência para essa finalidade. Quatro títulos disputam a liderança em popularidade, tendo recebido cada um entre 10% e 20% das citações: Booking.com (17,2%), Hotel Urbano (15,2%), Trivago (11,7%) e Decolar.com (11,7%). Na faixa entre 5% e 10%, aparece apenas o Hoteis.com (6,9%). Todos os demais registraram menos de 5%.

Foram entrevistadas 1.247 pessoas on-line, entre 25 de agosto e 3 de setembro. A pesquisa tem validade estatística, pois respeita as proporções por idade, renda e distribuição geográfica do universo de internautas brasileiros – grupo que corresponde a aproximadamente metade da população do País. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2,8 pontos percentuais.

Análise

Os números demonstram como se trata de um mercado em aberto, ao contrário daquele de delivery, onde o iFood lidera isolado, ou o de táxis, no qual a preferência é disputada palmo a palmo por 99Taxis e Easy Taxi. Cabe ressaltar que a reserva de hotel é um serviço de tíquete médio muito mais alto que um táxi ou uma refeição, e a frequência de compra é muito menor. Tais particularidades desse mercado explicariam a demora na consolidação de um líder entre os apps disponíveis. Talvez seja exatamente um momento apropriado para investimento em mídia de massa por esses players, especialmente com a proximidade das férias de fim de ano. Por outro lado, a conjuntura econômica não ajuda o setor de turismo: a alta do dólar adia os planos dos brasileiros de viagem ao exterior.

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