Os varejistas eletrônicos estão se preparando para um pico de acessos móveis 30% maior na Black Friday deste ano em comparação com aquela de 2014. Essa é a média das projeções passadas pelos clientes da Viewit Mobile, empresa nacional especializada na adaptação móvel de sites de e-commerce e que atende a empresas como Ricardo Eletro, Netfarma, Insinuante, Nike, Loja HP e Bebestore.

Como exemplo, a Viewit Mobile cita o caso de um cliente que registrou um pico de 80 mil acessos móveis simultâneos na Black Friday de 2014 e que para este ano prevê algo entre 110 mil e 120 mil. Por segurança, a Viewit Mobile está projetando a infraestrutura com uma folga de 50% acima da projeção de aumento de cada cliente.

Traçar uma projeção de pico de tráfego é fundamental para planejar a infraestrutura por trás de um site ou app de comércio móvel. Se o limite de capacidade for atingido, os consumidores não conseguem concluir o processo de compra e o site perde receita.

"O pico de acessos costuma acontecer de quinta para sexta-feira, na abertura da Black Friday. O tráfego começa a crescer lá pelas 20h e o pico ocorre perto de meia-noite. Depois vai baixando, mas permanece alto ao longo da sexta-feira", relata Cesar Bonadio, CEO da Viewit Mobile.

O executivo destaca o fato de que os varejistas este ano parecem muito mais interessados em se preparar para a Black Friday no celular do que estiveram no ano passado. Em 2014, a maioria nem sequer conseguia prever qual seria seu pico de acessos móveis. "Agora há uma real preocupação do pessoal do e-commerce com o mobile. Este ano todo mundo está preocupado com perfomance no smartphone", afirma Bonadio.

Não é para menos: de acordo com recente estudo da Criteo, os canais móveis responderam por 19% das vendas do comércio eletrônico no Brasil durante o terceiro trimestre este ano. Ou seja: não dá mais para ignorá-lo ou tratá-lo com desleixo.

Além disso, o mobile pode servir como válvula de escape em caso de sobrecarga nos acessos via desktop. "Se o desktop entope, o pessoal passa para o mobile para fechar a compra. Vimos isso ano passado em clientes que mantêm as infraestruturas de desktop e de mobile separadas. Essa separação acaba jogando a favor do mobile", comenta Bonadio.

Veja abaixo os links para as outras duas matérias publicadas por MOBILE TIME nesta quarta-feira, 25, sobre os preparativos dos varejistas on-line para a Black Friday no celular.