Apenas 2% das microempresas que atuam no Reino Unido adotaram soluções de mPOS, que transformam o smartphone em uma máquina para recebimento de pagamento com cartões de crédito. É o que revela uma pesquisa realizada pela MobileSquared, a pedido do grupo Kalixa, com 1 mil microempresas inglesas. Foram consideradas como microempresas aquelas com no máximo nove funcionários.

Apesar de a mPOS ser uma tecnologia nova, 47% dos entrevistados disseram conhecê-la e acertaram sua definição. E 38% afirmaram que pretendem adotar uma solução de mPOS no futuro próximo. Entre as barreiras para a não utilização de mPOS, os microempresários citaram a demora no recebimento do pagamento, que na Inglaterra costuma levar de 7 a 10 dias úteis; preocupações quanto à segurança das transações; e, por fim, problemas relativos à conectividade.

O grupo Kalixa, que encomendou a pesquisa, acabou de lançar uma solução de mPOS na Inglaterra que oferece o pagamento ao lojista em três dias úteis, para resolver a barreira do fluxo de caixa. O acessório para leitura de cartões da Kalixa custa 5,99 libras esterlinas mais impostos. Não é cobrada mensalidade ou anuidade, apenas uma taxa de 1,99% sobre o valor das transações.

Análise

No Brasil, os principais serviços de mPOS já oferecem pagamento antecipado. PagSeguro, iZettle e PayLeven têm planos para pagamento em dois dias úteis, por exemplo. Outra vantagem no Brasil é a possibilidade de parcelamento da cobrança no cartão, algo típico do mercado nacional e ao qual as empresa de mPOS internacionais tiveram que se adaptar. Por outro lado, contudo, as taxas cobradas por transação no Brasil estão bem acima do 1,99% da inglesa Kalixa. Dependendo das condições de pagamento, variam entre 3% e 9% para compras no cartão de crédito.