O Taxibeat, serviço de chamada de táxi através de um aplicativo para smartphones, decidiu parar de cobrar dos motoristas brasileiros pelas corridas geradas. Não se trata de uma promoção, mas de um movimento que faz parte de um processo de reavaliação do seu modelo de monetização no Brasil, que será repensado mais à frente. No momento, o foco da empresa no País será a expansão para outras cidades em 2014, com prioridade para aquelas que serão sede da Copa do Mundo. A decisão de tornar o serviço gratuito para os taxistas só foi possível graças a um aporte de R$ 10 milhões, realizado por uma empresa de venture capital europeia em uma nova rodada de investimento. Até então a Taxibeat cobrava R$ 2 por cada corrida realizada.

O Brasil é hoje o maior dos seis mercados onde o Taxibeat está presente. Os outros cinco são França, Noruega, Romênia, Grécia e México. Dos 400 mil downloads acumulados do app, 250 mil aconteceram no Brasil. E dos 20 mil taxistas cadastrados no mundo todo, 15 mil atuam no Rio de Janeiro e em São Paulo, representando cerca de 25% da frota das duas cidades. Com a gratuidade, o Taxibeat espera aumentar em 30% a sua base de taxistas no País. Dependendo do sucesso da iniciativa no Brasil, a empresa vai avaliar a implementação da gratuidade também em outros mercados.

Análise

O mercado de aplicativos de táxi está excessivamente competitivo nas duas maiores metrópoles do País (Rio de Janeiro e São Paulo), justamente onde o Taxibeat atua. Há motoristas dirigindo com quatro ou cinco apps abertos ao mesmo tempo. E há novos entrantes oferecendo o serviço de graça para os motoristas. Nessa guerra pela preferência de taxistas e passageiros, vencerá quem oferecer o melhor serviço e tiver fôlego financeiro. Levam vantagem os players de maior porte e presentes em mais cidades, como o próprio Taxibeat e o Easy Taxi. É provável que um próximo estágio na evolução desse mercado seja um processo de consolidação.