O terceiro trimestre da América Móvil mostrou progressão na receita e especialmente no lucro, ainda que o resultado dos meses anteriores do ano ainda se mostrem negativos comparados com igual período de 2015. Segundo o balanço financeiro divulgado nesta quinta, 27, pelo grupo mexicano, que no Brasil controla Claro, Embratel e Net, o lucro líquido da empresa entre julho e setembro ficou em 2,123 bilhões de pesos mexicanos (US$ 112,8 milhões), contra prejuízo de 2,884 bilhões de pesos (US$ 153,2 milhões) em 2015. No período de janeiro a setembro, contudo, ainda apresentou queda de 24,6%, total de 14,622 bilhões de pesos (US$ 776,9 milhões).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) cresceu 1,5% no trimestre e totalizou 67,729 bilhões de pesos mexicanos (US$ 3,599 bilhões). Mas no acumulado caiu 6,3%, total de 190,446 bilhões de pesos (US$ 101,2 bilhões). O lucro operacional foi de 30,058 bilhões de pesos (US$ 1,597 bilhão; queda de 14,5%) no trimestre, e de 83,858 bilhões de pesos (US$ 4,456 bilhões; recuo de 23,2%) nos nove meses.

A América Móvil registrou 249,7 bilhões de pesos mexicanos (US$ 13,268 bilhões) em receitas no trimestre, um crescimento de 11,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, o total foi de 706,1 bilhões de pesos (US$ 37,520 bilhões), avanço de 6,4%. Do total, 214,2 bilhões de pesos (US$ 11,382 bilhões) foram de serviços no trimestre (aumento de 9,1%) e de 583,6 bilhões de pesos (US$ 31,011 bilhões) nos nove meses (4,2%). A maior parte das receitas veio de dados móveis (31,6%), seguido de voz móvel (29,9%), dados fixos (15,7%), voz fixa (12,8%) e TV paga (10%).

A dívida líquida da AMX ao final de setembro era de US$ 32,333 bilhões, uma redução de 4,36% em relação a dezembro de 2015. A companhia destacou que alguns mercados latino-americanos como Brasil e México mostraram sinais de "força renovada" no terceiro trimestre, enquanto fluxos financeiros de mercados de capital internacionais ficaram estáveis.

Operacional

A companhia fechou setembro com 366,2 milhões de linhas de acesso, 0,5% menor do que no ano passado. Isso inclui 283,920 milhões de linhas móveis, queda de 1,6% especialmente ao recuo da base no México (0,5%) e no Brasil (1,2%). As unidades geradoras de receitas (UGRs) fixas fecharam o período com 3,1% de crescimento, total de 82,307 milhões.