A maioria dos pais (88%) estão preocupados com a atividade online de seus filhos por meio de dispositivos móveis, segundo uma pesquisa recente da Intel Security realizada com 8.026 crianças de 8 a 16 anos de idade e 9.017 pais de onze países, entre eles o Brasil.

Esse estudo indica que mais de 72% deles acreditam que os seus filhos passam mais tempo nas mídias sociais pelo tablet ou smartphone do que pelo computador. A preocupação ainda é mais elevada com pais que possuem filhas entre 13 e 16 anos de idade, 90%.

Por outro lado, as crianças afirmam em sua maioria (70%) que passam mais de duas horas por dia usando seus dispositivos móveis.  E as atividades mais realizadas nos aparelhos são assistir vídeos (62%), acesso às redes sociais (59%) e envio de mensagens de texto (47%).

Controlando os jovens

A pesquisa demonstra que a principal preocupação dos pais com seus filhos ao acessar a Internet é a interaçã com estranhos (63%), seguida de estranhos descobrindo informações pessoais ou localização das crianças (57%).

A maioria dos pais confirmou que controlam os acessos dos filhos, sendo que 84% disseram que tentaram monitorar os acessos das crianças à rede. Para lidar com a questão, 83% conversam com os jovens sobre o tema; 59% procuram informações em dispositivos; 40% definem controle de acesso; 52% seguem os filhos nas redes sociais; 36% possuem senhas compartilhadas; e 11% rastreiam as crianças por GPS.

Driblando os pais

Porém, um em cada três jovens muda de comportamento ao descobrir que seus pais estão lhe vigiando. No Brasil, 48% afirmam que tentam esconder atividades online dos pais. Entre as opções para encobrir o uso na web os infantos apagam o histórico do navegador (23%), apagam mensagens (20%), usam tablets e smartphones no lugar de PCs (17%) e minimizam o browser quando o pai ou a mãe está por perto (16%).

Os jovens ainda confirmaram na pesquisa que jogam com estranhos na web (63%); acessam pornografia (13%); apostam em jogos de azar (6%); compartilham ou publicam fotos íntimas (4%); enviam fotos inapropriadas de si para outros (3%); e compram alcóol ou drogas (1%).