Uma parte da faixa de 700 MHz é destinada a forças de segurança, mas faltam regras para que esse espectro seja utilizado conjuntamente por diferentes instituições desse setor, como o exército e polícias estaduais, comenta o presidente da Motorola Solutions no Brasil, Elton Borgonovo.

“Existe uma demanda para criar compartilhamento de rede LTE. Por exemplo, se a polícia de São Paulo pede licença para usar o LTE em 700 MHz, ela fica com a faixa daquela região. Se o Exército naquela mesma região pedir o mesmo, ele não terá espaço, pois já está com a polícia”, explica o presidente da Motorola Solutions. “Esse compartilhamento precisa ter uma política de governo, algo que deve ser criado pelas forças de segurança”.

Planos para 2018

Com soluções em LTE móveis (LXN 6000 e LXN 500) e fixas (LXN8000 e LXN 7000), a empresa de comunicação tem como foco oferecer serviços de telecomunicação privado às empresas, em especial aquelas dos setores de segurança e gestão pública. A Motorola oferece a infraestrutura de rede 4G por compra ou como serviço, além de serviços em gestão de centro de comando com Big Data, Analytics e Inteligência Artificial, o CommandCenter.

Borgonovo está otimista para 2018. Ele afirmou que, historicamente, ano de eleição é vantajoso em negócios, pois os governos investem mais. Atualmente, a Motorola Solutions possui 50% dos contratos no setor privado e 50% no setor público. Outro segmento que o executivo visualiza crescimento é em serviços. O presidente da empresa explicou que a receita com serviços no Brasil ultrapassa os 40% que a companhia possui como média global.

O gestor ressaltou que estão procurando por aquisições nas áreas de software e serviços. Citou a recente compra da chilena Interexport, uma prestadora de serviços PTT, além da aquisição da Airbus DS, que possui software de gerenciamento de chamadas de emergência, e a compra da Neurala, para aplicar inteligência artificial em câmeras.

Outra tendência nos próximos meses é a migração do rádio analógico para o rádio digital. Neste caso, a demanda da tecnologia deve acontecer em empresas de óleo e gás, celulose, logística e transporte, e utilities. Os casos mais recentes são os contratos para instalação de rede Tetra (padrão europeu) no Aeroporto de Confins, o estado da Paraíba com Tetra, Minas Gerais com P25 (padrão norte-americano) e a região de fronteira do Mato Grosso do Sul.