Lançado neste mês de maio, o serviço de solicitação de entregas Motomov espera crescer contando com dois fatores: o infalível trânsito paulistano e a mobilidade. De acordo com a coordenadora do serviço, Bárbara Lopes, a ideia surgiu da companhia controladora, a e-flow, em março de 2013, após a experiência com o Taximov, serviço de chamadas de táxi pela Internet. A motivação foi também de olho no "motofretista", o popular motoboy. "Isso surgiu quando vimos que (as empresas tradicionais) cobravam valor muito alto por corridas, mas repassavam um valor baixo", diz.

No modelo de negócios, o percentual em cima das corridas é de 20% para a Motomov e 80% para o motofretista. Além disso, o funcionário fica sabendo o valor fechado da chamada – quando o cliente solicita o serviço, o valor já fica estabelecido. "O mercado não costuma pagar nem 50% para o motofretista. Além disso, realizamos pagamento toda a quarta, eles não ficam com valor acumulado", explica a coordenadora da empresa. Os clientes podem pagar via boleto eletrônico ou cartão de crédito.

O serviço, que pode ser acionado por computador ou aplicativo de smartphone, pesquisa por geolocalização o motofretista mais próximo da solicitação. O funcionário recebe o chamado pelo smartphone, assim como no caso de aplicativos de táxi, mas a Motomov procura garantir que a chamada aconteça. "Se por acaso o sistema do motofretista está sem sinal, a gente entra em contato com ele por telefone", diz Bárbara.

O cliente recebe notificações por SMS e por e-mail avisando da entrega do produto. Pelo site, ele pode observar um painel no qual controla as solicitações, além de gerar relatórios diários. A coordenadora explica que o acompanhamento em tempo real pelo mapa ainda não está disponível para clientes, apenas para a central da própria Motomov, que gerencia os serviços. "Como temos uma central 24 horas, os atendentes monitoram o motofretista assim que é realizado o chamado. Eles veem os mapas e ficam responsáveis pelo funcionário, eles sabem a rota. Se aconteceu algo e o motofretista parou ou saiu da rota, temos como rastreá-lo", diz. A plataforma de localização escolhida foi o sistema Here, da Nokia.

Deixar o smartphone dos motoqueiros ligados também é prioridade. "A gente disponibiliza um carregador: o celular consome um pouco mais rápido a bateria com o GPS, então a gente dá a ele (o carregador) para não ter o risco", garante. Atualmente, a empresa conta com 40 motofretistas, mas a previsão é de que, até o final ano, sejam cerca de 70.

A Motomov teve um investimento inicial de R$ 400 mil e a meta de receitas para este ano é de R$ 300 mil. Inicialmente, segundo Bárbara Lopes, o serviço funcionará somente na Grande São Paulo. "No futuro, pretendemos chegar ao Rio de Janeiro e Campinas, onde já temos a sede da Taximov", declara.