Os ministros da economia do G7 assinaram no último sábado, 5, um acordo para apoiar a taxação das grandes corporações multinacionais em pelo menos 15% no local onde o serviço é prestado. E se comprometeram em implementar medidas para garantir isso.

“Depois de anos de discussão, os ministros das finanças do G7 chegaram a um acordo histórico para reformar o sistema tributário global para torná-lo apto para a era digital”, disse o ministro das finanças britânico, Rishi Sunak, a repórteres. Recentemente, Sunak havia acusado as “Silicon Six” (Amazon, Alphabet, Apple, Facebook, Microsoft e Netflix) de inflar pagamentos de impostos em US$ 100 milhões na última década.

O ministro das finanças francês, Bruno le Maire, pediu que a Irlanda, país com uma das cargas tributárias mais baixa da União Europeia, de 12,5%, “aceite”.

“Os países europeus que no passado se opuseram a este novo sistema tributário internacional devem entender que eles têm que participar do acordo para termos este grande avanço”, disse le Maire à BBC.

Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais do Facebook, congratulou a medida do G7 no Twitter. “O Facebook há muito clama pela reforma das regras fiscais globais e saudamos o importante progresso feito no G7. O acordo de hoje (sábado) é um primeiro passo significativo em direção à certeza para as empresas e ao fortalecimento da confiança do público no sistema tributário global.”

“Queremos que o processo de reforma tributária internacional seja bem-sucedido e reconhecemos que isso pode significar que o Facebook pague mais impostos e em lugares diferentes.”

https://twitter.com/nickclegg/status/1401171338358714374

A proposta deverá avançar até ser reapresentada para aprovação no G20, cujo encontro deve acontecer em julho próximo. Em seguida, a sugestão deve seguir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).