Ao todo, uma pessoa na América Latina assina 3,5 serviços de assinatura. Mais de três quartos (79%) dos assinantes da região querem um aplicativo para gerenciar todas as suas assinaturas e contas. 68% também passariam mais tempo usando seus serviços de assinatura se uma plataforma para gerenciar todas as assinaturas estivesse disponível. E 58% assinariam mais serviços se houvesse uma plataforma para gerenciar todas as suas assinaturas. O hub de conteúdo, que já acontece nos Estados Unidos, é uma demanda também dos usuários da América Latina, de acordo com o estudo da Bango, A Guerra das Assinaturas: o super bundling desperta. Neste caso, 55% dos entrevistados esperam que provedores de serviços móveis forneçam esses serviços; 30% acreditam que os provedores de banda larga devem oferecer; e, empatados (24%), acham que bancos ou cooperativas de crédito ou empresas de pagamento ou carteiras devem oferecer.
Uma pessoa gasta, em média, com assinaturas US$ 37 na América Latina. Atualmente, 68% dizem não poder pagar todas as assinaturas que gostariam. Mais da metade (56%) precisou cancelar uma assinatura devido ao aumento dos preços, de acordo com o estudo da Bango.
Para evitar o churn com repetidos aumentos de preços das assinaturas, os serviços de assinatura começam a apresentar alternativas como plano com publicidade, acesso somente por dispositivos móveis, entre outros. De acordo com a Bango, quando se trata de anúncios, 44% dos assinantes da América Latina cancelaram um serviço por conta da publicidade. Mais de um terço (34%) fez downgrade desde o lançamento de um nível mais barato com suporte de anúncios e, a mesma quantidade fez upgrade para evitar os anúncios.
Vale dizer que 27% não sabem quanto gastam mensalmente em assinaturas e 59% desejam cancelar renovações automáticas em suas assinaturas. Alguns números da pesquisa foram antecipados por Mobile Time durante o MobiXD, em maio.
Contextualização
O mercado de assinaturas na América Latina está estimado em US$ 20 bilhões e deve praticamente dobrar em dois anos. Cerca de um terço (30%) dos entrevistados são assinantes de planos pós-pago da telefonia móvel. Os clientes pré-pagos caminham também para modelos de assinatura para diferentes tipos de serviço, de acordo com o estudo. Mais da metade (55%) das pessoas com planos pré-pagos carregam o mesmo valor, no mesmo período, algo bem semelhante aos moldes de uma assinatura, de acordo com o estudo da Bango.
Os serviços por assinatura preferidos
Entre os principais serviços de assinatura, o vídeo sob demanda é o mais adotado na região, com expectativa de ter 165 milhões de assinaturas SVOD, incremento de 50% em relação à 2023, quando chegou a 110 milhões, segundo dados da Digtial TV Research. Ao todo, 80% dos entrevistados com assinatura possuem uma em SVOD.
Os combos de assinaturas de SVOD em telecomunicações representam um terço do mercado latino-americano e com previsão de aumentar 50% até 2028. Segundo Bango, as telcos deverão ser as principais empresas a colherem os frutos desse aumento.
Em seguida, está a música (52%). Uma porcentagem maior se comparada com os Estados Unidos (44%) e Europa (34%).
O estudo da Bango salienta que os esportes SVOD oferecem uma oportunidade na América Latina para as empresas de telecomunicações. Isso porque uma em cinco assinantes possui uma assinatura de esportes.
E quase uma em cada três assinantes da região assinarão um novo serviço para assistir à Copa América.
Excesso de serviços e solução de combo
Os assinantes da América Latina (80%) acham que, atualmente, são muitos os serviços de assinatura e 60% estão irritados por não conseguirem gerenciar essas assinaturas em um só lugar.
37% estão frustrados por não poderem pausar suas assinaturas quando quiserem e 27% se dizem “presos” às assinaturas atuais.
Para tentar resolver as frustrações dos assinantes, o combo de assinaturas pode ser uma resposta. 21% dos assinantes da região recorrem a combos e ofertas de serviços de terceiros.
Mais da metade (56%) dos assinantes ouvidos estariam dispostos a pagar uma conta mais alta se um pacote de assinaturas populares fosse incluído automaticamente. Quando questionado sobre o valor a mais, o assinante médio disse que estaria disposto a pagar 21% a mais em sua conta de celular se as assinaturas estivessem incluídas no preço.
Metodologia
Ao todo, 6,4 mil pessoas assinantes de México, Brasil, Peru, Colômbia, Chile e Argentina foram entrevistadas para promover uma análise de diversos aspectos de sua experiência com serviços de assinatura. Encomendada pela Bango e conduzida pela agência de pesquisa independente 3Gem, o estudo Guerra de Assinaturas: o Super Bundling Desperta, da América Latina, foi realizado de abril a maio de 2024.