Reunião teve presença do Mark Zuckerberg (CEO) e Sheryl Sandberg (COO), os principais executivos do Facebook

A primeira conversa entre Facebook e associações de direitos humanos e de liberdade de expressão foi um fracasso e não teve consenso entre as partes nos Estados Unidos nesta terça-feira, 7, e o pedido de boicote para a plataforma segue. À rede CNBC, o CEO da Anti-Defamation League (ADL), Jonathan Greenblatt, disse que foram apresentadas dez demandas à empresa, mas que não houve “comprometimento” da rede social.

Por sua vez, a co-CEO da Free Press, Jessica J. Gonzalez, afirmou estar “extremamente decepcionada” com a posição do Facebook, que não assume a responsabilidade por seus usuários, publicitários e sociedade. Além de Free Press e ADL, as entidades em prol das minorias e direitos civis Color of Change e NAACP participaram do encontro.

Após a morte de George Floyd, as associações convocaram um boicote para empresas que publicam anúncios nas plataformas do Facebook, até que a companhia melhore suas práticas de combate à desinformação, ao racismo e ao discurso de ódio, inclusive com o emprego de auditoria independente e contratação de profissionais dedicados à defesa dos direitos civis.

A conversa foi capitaneada pelos principais executivos do Facebook, Mark Zuckerberg (CEO) e Sheryl Sandberg (COO), que buscavam evitar a escalada global da suspensão das publicidades e dar fim ao boicote. Note-se que muitos dos anunciantes que apoiam as associações são globais, como Coca-Cola, Starbucks, Unilever, Ford e Microsoft.

Antes da reunião, Sandberg publicou em seu perfil no Facebook que estão fazendo mudanças não por razões financeiras, mas porque é a coisa certa a fazer: “Nós nunca seremos perfeitos, mas ligamos sobre isso (direitos civis e fim do discurso de ódio) profundamente. Nós vamos continuar ouvindo, aprendendo e trabalhando nas próximas semanas, meses e anos”.

A empresa e seus executivos não se posicionaram depois do encontro.