O brasileiro Alex Roger é um desenvolvedor de jogos que morou . Lá, teve a ideia de fazer uma escola de games para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. A proposta da BeByte (Android, iOS) é que eles façam jogos, mas também pensem em estratégias de para qual público criar, como atraí-lo etc. As aulas são presenciais e um curso completo tem duração de três anos e meio. No fim de cada módulo – são três –  os alunos fazem um jogo para ser publicado nas lojas de aplicativos.

O primeiro game é em 2D. O segundo, mais sofisticado, em 3D. E, para finalizar em grande estilo, o último usa as tecnologias de realidade aumentada e realidade virtual.

“Muitos pais nos perguntam se as crianças terão a capacidade de desenvolver um jogo em AR ou VR. E eu digo: claro que sim”, disse Roger.

Alex Roger é criador da escola BeByte

No Brasil, a escola nasceu em Vila Velha (ES), mas expandiu-se por São Paulo. Atualmente, sob o sistema de franquia, a BeByte possui quatro filiais na capital do estado (Freguesia do ó, Santo Amaro, Vila Mariana e Aclimação), além de Campinas. Fora da região, a de Vila Velha fechou, mas foi aberta uma em Porto Velho (RO). Cada franquia adota um valor de mensalidade, mas, segundo Roger, os preços ficam em torno de R$ 249.

Já foram desenvolvidos mais de 100 jogos pelos alunos da escola. Pelo menos 24 deles podem ser encontrados nas lojas de aplicativos Google Play e App Store. Quem assina o desenvolvimento é a BeByte – Escola Americana de Inovação, mas o nome da criança ou do grupo de alunos desenvolvedores, está página de cada game nas lojas de aplicativo.

A proposta é que o aluno saia no fim do curso sabendo, além de programar, trabalhar som e imagem, e todo o entorno da criação e da arte. Ele também aprende a pensar em escolher o tema do jogo para atrair um determinado público e como chamar sua atenção. O empreendedorismo, no caso das aulas da BeByte, é questão tão importante quanto o desenvolvimento do game em si, explicou o idealizador da escola. “Ninguém precisa saber de programação para entrar, nem de nada daquilo que é necessário para se fazer um jogo. Mas a escola é baseada no método de aprendizagem Problem Based Learning, ou seja, a criança tem dúvidas e ela tem que se resolver sozinha. O professor é o último recurso. Hoje isso é possível porque o conhecimento, com o celular e a Internet, está na palma da mão de todos nós”, explicou Roger.