| Mobile Time Latinoamérica | A portabilidade numérica, implementada no México em 2008, permite que os usuários troquem de operadora mantendo seu número de telefone. Esse direito, desenhado para empoderar os consumidores e estimular a concorrência, tem sido fundamental para que os usuários explorem opções de serviço e qualidade de rede.

Nos primeiros cinco anos, a portabilidade numérica na telefonia móvel cresceu de forma constante. Entre 2008 e 2013, o número de linhas portadas chegou a 4,5 milhões, de acordo com uma análise da consultoria The Competitive Intelligence Unit (CIU), que revela a disposição dos usuários em explorar alternativas em um setor cada vez mais diversificado.

Entre 2014 e 2018, os números atingiram um recorde anual de 21,2 milhões. No entanto, a partir de 2019, o volume anual de portabilidade começou a se estabilizar em 14 milhões, diminuindo para 11,1 milhões em setembro de 2024.

Como estão atualmente os números de portabilidade no México?

Embora a portabilidade numérica seja uma ferramenta essencial para que os usuários encontrem as melhores ofertas e serviços, o mercado mexicano ainda enfrenta desafios para assegurar uma competição mais equilibrada entre as operadoras. Durante o terceiro trimestre de 2024, a Telcel continuou liderando o mercado com um saldo positivo de 319.613 linhas portadas, apesar dos esforços de outras operadoras para atrair mais usuários.

Por sua vez, os Operadores Móveis Virtuais (MVNOs), que oferecem serviços usando a infraestrutura de outras operadoras, também conquistaram uma fatia significativa, com um saldo positivo de 181.595 linhas. Esses operadores atraíram usuários com preços competitivos e serviços personalizados.

Em contraste, a AT&T e a Movistar registraram perdas no saldo líquido de portabilidade, com uma perda de 457.069 e 44.139 linhas, respectivamente. Isso sugere que ainda existem condições desiguais no mercado, que dificultam uma competição em pé de igualdade com a Telcel, a operadora predominante no México.

A CIU aponta que os altos custos do espectro e as medidas regulatórias insuficientes limitam o potencial competitivo da portabilidade numérica. Além disso, o Instituto Federal de Telecomunicações (IFT) recentemente reforçou as regulamentações ao proibir que a Telcel entre em contato com os usuários que mudaram de operadora durante os primeiros 60 dias após a mudança, para permitir que experimentem o novo serviço sem pressões para retornarem.

 

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