Equipe da Usina de Vendas durante lançamento da Oppo. Da esquerda para direita: Marco Palma, CEO e sócio-fundador; Clarissa Lettieri, head de marketing e produtos; Ana Palma, sócia-fundadora; Maurício Louzada, diretor comercial (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

A estratégia de distribuição da OPPO não para no lançamento do smartphone Reno 7. Segundo Marco Antonio Palma, CEO e sócio-fundador da Usina de Vendas, a marca deve ampliar sua presença em varejistas físicos e operadoras em 2023.

No lançamento oficial da marca, na última segunda-feira, 19, foi anunciado que o smartphone começará a ser vendido com exclusividade nos e-commerces da Amazon e da Vivo, além de dez lojas físicas da operadora no estado de São Paulo. Para Mobile Time, Palma explicou que essa parceria é para o lançamento da marca neste ano, mas, em 2023, não terá mais essa exclusividade.

Inclusive, a distribuidora da OPPO já conversa com outras operadoras e varejistas para ampliar a presença da marca e dos smartphones nas prateleiras Brasil afora no ano que vem.

Portfólio

Além do Reno 7, Palma revelou que a OPPO está trazendo mais um celular. O handset A77 já está em pré-venda na Amazon e chegou à Vivo na última segunda-feira. Mais simples que o Reno 7, o A77 tem tela de 6,5 polegadas, 4 GB e RAM e câmera principal dupla com 50 MP e 2 MP.

Note-se que tanto o A77 como o Reno 7 não têm 5G. Palma explicou que ainda há bastante espaço para smartphones 4G no Brasil.

O executivo acredita que a busca por handsets de quinta geração está atualmente no segmento de “early adopters”.

Economia

Sobre o momento das vendas no Brasil, o executivo da distribuidora acredita que haverá uma melhora nas vendas depois da eleição, um movimento puxado pela redução do clima hostil que tomou o Brasil nos últimos meses, mas também pela proximidade de três grandes eventos que acontecem nos últimos dois meses do ano: Black Friday, Copa do Mundo e Natal.

Palma acredita que o brasileiro buscará um novo celular, uma vez que o atual está ficando defasado, com problemas como falta de memória, processamento e sistema operacional sem atualização (e sem apps mais novos). Para exemplificar esse possível “suspiro” nas vendas, o executivo citou o fato de o brasileiro estar com seu smartphone atual, em média, há dois anos e nove meses, conforme publicado na pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box “O brasileiro e seu smartphone” de junho deste ano.

Além disso, lembrou que a estimativa de vendas neste ano para o mercado nacional de smartphones é de um total de 37 milhões de unidades. Com este ciclo e ritmo de atualização, o CEO da Usina de Vendas relatou que seria necessário o mesmo volume de vendas de 2014 (70 milhões de smartphones vendidos) ou que os celulares durassem pelo menos cinco anos.

Outro motivo para o aumento da venda de celulares são os jogos do Brasil na Copa do Mundo do Catar. Da partida inaugural (dia 24 de novembro) até o possível jogo eliminatório nas oitavas de final (entre 5 e 6 de dezembro, segundo pelo chaveamento), as partidas do Brasil serão à tarde e em dias úteis. Por esse fato, Palma prevê que nem todos os brasileiros terão tempo ou locomoção para assistir aos jogos diante de uma TV, e muitos precisarão recorrer ao celular para ver o time masculino.