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Desenvolvimento: Testr: start-up brasileira cria ferramenta de testes de usabilidade móvel

Nem sempre os números de um relatório de uso de app são suficientes para se descobrir as razões por trás de algum problema, como baixa conversão ou baixa retenção. Muitas vezes, saída está em observar como as pessoas usam o aplicativo, para verificar os problemas que enfrentam ao navegar dentro dele. Um tutorial mal feito ou até um botão mal posicionado podem ser a causa da dor de cabeça. Um teste de usabilidade pode ser feito de forma presencial, levando uma pequena amostra do público alvo para dentro de uma sala espelho e dando-lhe um roteiro de tarefas para executar, enquanto é observada. O problema é que testes presenciais desse tipo custam caro, além de ficarem limitados a pessoas da mesma cidade ou estado onde são realizados. Uma solução mais barata é adotar uma ferramenta para testes remotos de usabilidade, como a Testr, criada por um start-up brasileira homônima. Lançada um ano atrás para testes de websites, a Testr ganhará nas próximas semanas uma versão móvel, com um aplicativo Android, que permitirá testes de sites e de apps móveis.

“O teste em uma sala espelho é legal mas custa caro. Requer um profissional especializado para a observação. Tem que escolher as pessoas certas, agendar sua participação e remunerá-las. Tem muita coisa envolvida. É um processo que leva cerca de um mês. 98% das empresas gostam desses testes. Mas 72% não fazem por causa do preço ou do tempo”, relata Elisa Volpato, CPO da Testr. Ela fala com conhecimento de causa, pois ajudou a realizar muitos desses testes presenciais.

Na Testr, é tudo feito remotamente. Através de uma plataforma na web, a empresa contratante descreve o perfil das pessoas que gostaria que fizessem o teste e define um roteiro de tarefas a ser seguido por elas. O objetivo é verificar se os usuários conseguem facilmente fazer o que é demandado e como o fazem. O mínimo aceitado são cinco pessoas por teste. Volpato recomenda que sejam entre oito e dez. A Testr conta com uma base de 6 mil testadores. A meta é chegar a 30 mil dentro de 12 meses. “Procuramos ter uma base diversa e representativa da população brasileira. Hoje nossa base está mais concentrada em São Paulo. E queremos evitar especialistas de internet, mas pessoas normais, que usam o celular no dia a dia”, explica a executiva.

Os testadores têm um prazo para realizar o roteiro, mas podem fazê-lo onde bem entenderem. Cada teste dura meia hora. Durante a execução das tarefas, as pessoas são filmadas pela câmera frontal do smartphone, e o áudio é gravado pelo microfone do aparelho. Ao fim do roteiro, precisam também relatar em vídeo o que acharam da experiência. O app Testr monta um vídeo e sobe para o servidor da start-up, para em seguida ser disponibilizado à empresa contratante. Antes de começar o teste, o app verifica se o smartphone tem pelo menos 500 MB livres na memória.

“Toda pesquisa sofre interferência e isso afeta os resultados. Em um teste de usabilidade o objetivo é diminuir essa interferência. O Testr não tem moderador. As pessoas ficam à vontade até demais. Já teve gente fazendo o teste de baby dooll tomando vinho; outro estava sem camisa deitado na cama; outro se irritou, saiu de cena e voltou fumando um cigarro com a cara zangada. Em uma sala espelho não é assim. Com o Testr a gente consegue reproduzir uma situação real de uso. O nosso cliente gosta quando vê isso, porque sai da sua bolha”, relata Volpato.

Para o futuro, a empresa planeja desenvolver outras funcionalidades, como um mecanismo de reconhecimento de expressões faciais e outro de transcrição para texto do que for dito pelo testador, criando uma legenda automática no video. E assim poderá ser feita uma análise cruzando informações: o sentimento expresso no rosto, as palavras ditas e o momento no roteiro de tarefas, informa Fábio Trentini, CTO da start-up.

Modelo de negócios

A Testr cobra R$ 199 por pessoa em um teste, com um mínimo de cinco testadores. É possível também fazer uma assinatura do serviço, o que barateia ainda mais o custo. Um teste em uma sala espelho não sairia por menos de R$ 20 mil, afirmam os criadores do Testr. O testador, por sua vez, recebe R$ 25 em créditos no PagSeguro ou em um vale-compras, por roteiro cumprido.

Investimento

A start-up recebeu até agora alguns aportes de investidores-anjo. Seus fundadores vêm conversando com fundos de venture capital, mas não há pressa para novos aportes, comenta Anderson Sales, CEO da empresa. “A gente não consegue mensurar o tamanho do mercado porque estamos abrindo um mercado que não existe. Por isso é difícil transmitir um valuation para investidores. Até o momento fizemos investimento próprio e pretendemos manter assim por mais seis ou doze meses. Aí vamos ter números de acesso ao mercado mais consistentes para apresentar”, explica.

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Infobip investe em data center no Brasil

A Infobip está investindo em um data center próprio no Brasil. Ele será instalado dentro da Equinix, em São Paulo, em regime de “colocation”. Será o sétimo data center da Infobip no mundo, e o primeiro da empresa na América do Sul. A inauguração acontecerá nas próximas semanas e a migração dos clientes será realizada em estágios, para manter a qualidade do serviço, ao longo do quarto trimestre.

“É o mesmo data center usado pela Bovespa. Fica perto dos bancos, o que vai reduzir a latência”, explica Yuri Fiaschi, diretor de vendas da Infobip na América Latina. A companhia, especializada em soluções corporativas de mensageria, possui data centers espalhados por todos os continentes e garante uma disponibilidade superior a 99,9%. A empresa registra um volume anual de mais de 100 bilhões de mensagens no mundo.

Qualidade

Um dos maiores desafios enfrentados no Brasil pelos integradores homologados de SMS, como a Infobip, é a competição com empresas que prestam o serviço usando chipeiras. Elas cobram preços mais baixos, mas não são capazes de garantir a qualidade. Para Fiaschi, a solução não está em cobrar das operadoras de telecomunicações uma redução do preço do insumo, ou seja, do SMS corporativo, mas mostrar ao mercado as vantagens de um serviço com mais qualidade. “Se eu falar apenas de preço acabo me colocando no mesmo patamar da chipeira”, comenta o executivo.

Para comprovar a diferença na qualidade, a Infobip propôs um experimento a um cliente corporativo: realizar uma campanha em que metade das mensagens fossem enviadas por chipeira e a outra metade, pela sua plataforma homologada. Ao fim do teste, as mensagens enviadas pela Infobip registraram uma conversão três vezes maior. Ou seja, embora o SMS via chipeira tenha um preço menor, seu resultado é pior. É como diz o ditado popular: o barato sai caro.

O investimento em um data center próprio no País é mais uma iniciativa para aumentar a qualidade do serviço prestado, reduzindo a latência e oferecendo mais segurança para os dados trafegados.

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Baixo custo de aquisição compensa frete grátis no app, diz CEO do Magazine Luiza

Quase dois anos atrás, o Magazine Luiza reformulou completamente o seu aplicativo móvel, como parte de um processo de transformação digital. Uma das novidades em sua estratégia foi a oferta de frete grátis para compras acima de R$ 99 dentro do app. O que era inicialmente uma oferta temporária permanece até hoje como um diferencial da varejista em mobile. Em teleconferência com analistas nesta terça-feira, 1, para comentar os resultados financeiros do segundo trimestre, período no qual a empresa bateu recorde de lucro (R$ 72 milhões), o CEO da companhia, Frederico Trajano, afirmou que o custo com frete grátis é compensado pelo baixo custo de aquisição do usuário móvel. “Queremos que cada vez mais pessoas comprem pelo app, que é cada dia mais representativo nas vendas do e-commerce”, disse o executivo.

Outro diferencial do aplicativo é a possiblidade de compra com retirada do produto em uma loja próxima – o que gera economia de frete para a empresa. Outra vantagem é que muita gente que vai até a loja retirar o produto acaba comprando outro ou mesmo um serviço, como garantia estendida ou instalação. Em algumas filiais, 30% dos clientes que vão retirar um produto adquirem mais alguma coisa, relatou.

Mobile pinpad

Como parte da transformação digital, o Magazine Luiza adotou os chamados “mobile pinpads”, máquinas de mPOS para que o pagamento aconteça nos corredores das lojas, sem que o cliente precise ir até um caixa. Atualmente, cerca de 200 filiais possuem esses equipamentos, que ficam nas mãos dos vendedores. A empresa promete que todas as suas mais de 800 lojas contarão com os pinpads móveis até o final do ano. Graças à adoção dessa tecnologia, nos últimos dois anos a companhia conseguiu reduzir de 2,5 mil para 1,5 mil caixas em sua rede, apesar da expansão desta em número de lojas.

Multicanalidade

A receita trimestral do Magazine Luiza com comércio eletrônico (site, apps e redes sociais) cresceu 55% em um ano e já representa 28% sobre o faturamento total da companhia. Na opinião de Trajano, o segredo desse sucesso está na combinação de multicanalidade (lojas físicas e atuação online) com uma estratégia de marketplace (venda de produtos de parceiros). “Para ganhar dinheiro no e-commerce brasileiro ou você é multicanal ou é um marketplace. A gente é um marketplace muticanal, o que é o ideal”, comentou.

A empresa promete que sua malha física estará disponível também para os parceiros do marketplace, mas isso deve ser feito com calma e entrar no ar somente em 2018.

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