A TIM deve reduzir o seu número de serviços de valor adicionado (SVAs) de 317 para 200 até o final de 2016, informou Flávio Lang, diretor de serviços inovadores e handsets da operadora. A redução faz parte de uma nova estratégia da operadora de focar em menos serviços mas de maior qualidade, conforme o executivo adiantara em entrevista a este noticiário dois meses atrás.

"Mudamos o foco da venda para a gestão de base. Vamos concentrar em poucos serviços", disse Lang, durante o primeiro dia do Tela Viva Móvel, nesta terça-feira, 3, em São Paulo. Hoje nós temos 317 serviços e metade da nossa receita vem de apenas em cinco deles", disse. Questionado quais serviços são os campeões de receita, ele evitou citar nomes, mas revelou as categorias: caixa postal, proteção de dados, backup, música e entretenimento. A operadora está adotando um hub único para todos os SVAs que será fornecido pela integradora italiana Engeneering e entrará no ar dia 28.

"Hoje o tempo médio de assinatura de um SVA é dois meses", comentou o executivo. "Não estou falando em criar um novo Facebook e um novo Waze, mas queremos aumentar por mais dois a três meses a receita com um app". A TIM está disposta a adotar uma mecânica de revenue share dinâmico, que varia de acordo com o tempo com que o consumidor permanece assinando o serviço. Um dos primeiros parceiros que deve aderir à novidade será a Movile.

Opt-in

Lang chamou a atenção também para o ritmo rápido de opt-out dos seus usuários pare recebimento de propaganda pelo celular. Essa base, que jpa foi de 37 milhões, baixou para 18 milhões no mês passado. "Estamos perturbando tanto que a pessoa liga para fazer opt-out. Ou a gente se acerta como indústria ou vamos acordar um dia com um juiz do interior mandando bloquear todo o mercado de SVA. Ou a gente muda agora ou teremos sérios problemas de continuidade do nosso negócio. Temos que gerir melhor nossos canais push e ter mais canais pull", comentou.