A classe C aderiu definitivamente aos smartphones. Do total da base de usuários com esse tipo de aparelho no Brasil, 35% pertencem a essa classe social, informa pesquisa realizada pela Nielsen sob encomenda da Mobile Marketing Association (MMA). O restante da base está segmentada da seguinte forma: classe A (12%), classe B (49%) e classes D e E (4%).

Os jovens compõem a maioria dos usuários de smartphones no Brasil: 17% têm entre 10 e 17 anos; 27%, entre 18 e 24 anos; 28%, entre 25 e 34 anos; 17%, entre 35 e 49 anos; e 11%, 50 ou mais. No que diz respeito à ocupação, 63% trabalham em tempo integral e 10% em meio período, enquanto 19% são estudantes.

O smartphone é a principal forma de acesso à Internet para um em cada quatro brasileiros que possuem o produto. Essa importância é maior entre os mais jovens. 38% dos entrevistados com 10 a 17 anos e 33% daqueles com 18 a 24 anos apontaram o smartphone como principal meio de acesso à Internet.

Hábitos

A pesquisa perguntou quais os três momentos na rotina diária em que os brasileiros mais usam seus smartphones. O resultado foi o seguinte: em momentos de espera (55%), antes de dormir (42%), logo após acordar (36%), enquanto vê TV (24%), no banheiro (21%), no trabalho (19%), na faculdade (19%), durante as refeições (16%).

As aplicações mais usadas em smartphones pelos brasileiros são: redes sociais e comunicadores (77%), email (75%), notícias (57%), música (45%) e vídeo (43%). Dentre as redes sociais e comunicadores, os mais citados foram Facebook (94%), WhatsApp (53%), Instagram (36%), Skype (35%) e Twitter (35%).

Os aplicativos nativos são o meio preferido para o uso de games, redes sociais, email  e música dentro do smartphone. Para o acesso a notícias, portais e comparação de preços, a preferência é pelo navegador do telefone.

Compras

13% dos entrevistados disseram ter realizado alguma compra pelo dispositivo nos últimos 30 dias. Isso inclui bens reais e virtuais. O mais impressionante, porém, é o uso do smartphone no auxílio a compras em lojas físicas. Metade dos usuários do aparelho comparam preços on-line quando estão em lojas físicas. 37% disseram já ter desistido de uma compra em uma loja física depois de consultar preços no smartphone. E 22% já visitaram alguma loja física por influência de propaganda vista no aparelho. Os comparadores de preço mais citados foram Buscapé (94%), Bondfaro (34%), OLX (19%), Já Cotei (15%) e Shopping UOL (12%).