A imaginação é a matéria prima de artistas e escritores. Em suas obras, alguns deles se aventuram a imaginar o futuro. Para o público, não interessa se aquele futuro vai de fato acontecer: a graça está em imaginar junto. Só que as vezes a arte acerta. Um dos exemplos mais notórios é o do escritor francês Julio Verne, que em seu romance 20 mil léguas submarinas, publicado em 1870, previu com décadas de antecedência a invenção do submarino. Outro bem menos conhecido é o do cartunista inglês William Kerridge Haselden, que desenhava para o jornal Daily Mirror no começo do século passado. Em 1919, ele publicou um cartum imaginando como seriam os futuros “telefones de bolso” e os constrangimentos que nos provocariam no dia a dia. Ou seja, ele previu a invenção do celular com mais de meio século de antecedência e, ao mesmo tempo, as agruras que essa tecnologia poderia nos causar.