Embora tenha registrado um prejuízo líquido de R$ 5,5 bilhões no terceiro trimestre, há pontos positivos dentro do balanço financeiro da Oi. Um deles é o desempenho da companhia no segmento pós-pago de telefonia móvel. Em um ano, a base de assinantes pós-pagos da Oi teve um aumento líquido de 1,68 milhão, crescimento de 22,8%, totalizando agora 9,03 milhões. Somente no terceiro trimestre houve um ganho de 499 mil clientes pós-pagos. De janeiro a agosto, a Oi conquistou 36% das adições líquidas em pós-pagos no Brasil, ocupando a segunda posição do mercado nesse aspecto.

Ao mesmo tempo, a companhia conseguiu reverter uma tendência de queda na receita com clientes desse segmento. No terceiro trimestre do ano passado, essa receita havia caído 5,7% em comparação com o mesmo período de 2017. De lá para cá o resultado foi melhorando trimestre a trimestre até chegar a um aumento de 13,8% no período de julho a setembro deste ano, comparando com os mesmos meses de 2018.

No pré-pago, por outro lado, a Oi perdeu 11,8% da sua base em 12 meses, fechando setembro com 25,67 milhões de usuários. Ainda assim, conseguiu ganhar market share, porque na média as outras operadoras perderam mais clientes pré-pagos no mesmo período. A participação da Oi subiu de 20,1% para 21,1%.

Merece destaque também o crescimento de 11,5% da receita móvel com dados em comparação com o terceiro trimestre de 2018, somando R$ 1,403 bilhão, ou 84,2% do faturamento da empresa com clientes móveis entre julho e setembro.

No total, a receita da Oi com mobilidade teve queda de 2,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2018, puxada pela redução de 38% no uso de rede, ou seja, na receita gerada pela tarifa de interconexão (VUM), e na diminuição de 22% no faturamento com handsets. A receita com clientes se manteve praticamente estável em um ano, com uma queda de 0,2%.