Em pesquisa realizada entre os clientes do Nubank (Android, iOS), o Pix é mais popular entre os moradores da região centro-oeste e norte, sento adotado por 20,2% e 19,6%, respectivamente. Entre os clientes do sudeste, 16,9% são usuários do Pix; entre os do sul, são 15,6%; e no nordeste, 9,9% utilizam a opção de pagamento.
Proporcionalmente os pagamentos instantâneos do Banco Central são mais usados entre a fatia mais jovem dos clientes do banco digital: 20,2% têm idades entre 18 e 30 anos. Entre 30 e 40 anos, 15% utilizam o meio de pagamento e 9% daqueles entre 40 e 50 anos fazem Pix. O percentual cai para 7% entre aqueles de 50 a 60 anos. Entre os clientes com 60 a 80 anos, 5% já realizaram um pagamento instantâneo. E apenas 2,7% dos usuários com 80 anos ou mais já realizaram um Pix.
A maior penetração dos pagamentos instantâneos (19,1%) está entre os clientes com renda declarada entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Já quem possui receita superior a R$ 10 mil (5%) usa menos.
O Pix é usado majoritariamente como uma transferência. E 92% das transações foram P2P, ou seja, entre pessoas.
A partir de 6 de dezembro de 2020, as transferências via Pix ultrapassam aquelas realizadas via TED. A pesquisa também aponta um aumento dos valores transacionados a partir desta mesma data.
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 de outubro de 2020 e 5 de janeiro de 2021, pegando a fase de testes do Pix, uma vez que a solução foi lançada em 16 de novembro, e tem como base de análise os clientes que já fizeram pagamento instantâneo ao longo desse período.
QR Code
O uso do Código QR no Pix não passou de 7,7%. Seu pico foi no dia 15 de novembro, véspera do lançamento oficial da plataforma do Banco Central. De acordo com o estudo do Nubank seu uso foi caindo proporcionalmente desde então. A pesquisa atribui a redução do uso do código QR ao aumento das outras formas de pagamento Pix, como a transferência.
O estudo aponta três hipóteses para o pouco uso da modalidade: O QR Code seria mais usado em transações presencias. E, como estamos num período de distanciamento social, os clientes do banco estariam priorizando compras a distância. A segunda é que o brasileiro ainda não está totalmente familiarizado com o código QR; e a terceira, de que os usuários do Pix (tanto empresas quanto usuários pessoa física) ainda não estão completamente habituados com todas as possibilidades de uso dele.
Horário
Outro ponto analisado pela pesquisa foi quanto ao horário que os clientes fazem o Pix. Como ele pode ser realizado a qualquer momento, 24h/7, os usuários se aproveitaram dessa vantagem. Cerca de 38% das transferências via Pix são feitas fora do horário comercial, a partir das 17 horas. E pouco mais do que 18% das transferências via Pix são realizadas no final de semana.
