TCL foca na sua estratégia de pluriprodutor para crescer em handsets

A TCL quer avançar no mercado mobile brasileiro por meio de sua estratégia de pluriprodutor, ou seja, uma empresa que produz além de tablets e smartphones. De acordo com Marcelo Perin, diretor comercial da companhia, a ideia é usar o relacionamento da marca de TV, ar-condicionado e outros eletrodomésticos para se aproximar do público.

A meta a partir dessa estratégia é alcançar a participação de 12% que a LG possuía, antes de sair do mercado de celulares em 2020: “Conseguindo superar as dificuldades, como o mercado cinza, nós podemos chegar lá (na LG) por conta da expressividade da marca. O público sabe que a TCL tem TV, geladeira, ar-condicionado. Isso traz uma vantagem ante os monoprodutores”, disse.

“Quem sairá melhor (no novo mundo mobile) são as marcas pluriprodutores, como a TCL. Temos uma verticalização importante em médio e longo prazo. A TCL pode ser pujante. Temos que sair do limbo e conseguir um espaço. É difícil ter mais que um duopólio em tecnologia, mas o mix de mercado pode mudar de país para país”, completou.

Perin explicou que, no Brasil, a estratégia da TCL é estar no mercado com dispositivos móveis da faixa de preço intermediária (mid), mas com especializações e produtos similares aos produtos da gama superior (mid-high). Com isso, a fabricante ainda não pode disputar o mercado premium, uma vez que tem pouca lembrança do consumidor (top of mind) na hora de comprar um tablet ou smartphone.

“O usuário quer se sentir identificado de alguma maneira com a marca. Nós ainda não somos a referência em celular. Somos em TV e ar-condicionado, mas queremos chegar em telefonia, com um aparelho um preço bom, câmera profissional, memória, tela grande”, completou.

Dispositivos

Atualmente com smartphones montados no Brasil em parceria com a GBR Componentes, a TCL quer ter 50% de seu portfólio de handsets com 5G no segundo semestre de 2024. A companhia ainda cogita fabricar tablets se existir aumento de demanda, como mais pedidos do segmento de B2B e governo. Os modelos de tablets que chegam ao mercado brasileiro são importados.