A Apple encerrou o segundo trimestre de 2025 com receita recorde de US$ 94 bilhões, superando as expectativas da própria big techs, um aumento de 10% sobre o mesmo trimestre de 2024, quando chegou a US$ 85,78 bilhões. E o lucro líquido encerrou o período em US$ 23,43 bilhões.
O iPhone impulsionou o bom resultado, com uma receita de US$ 44,58 bilhões no trimestre. Este é um recorde para o período e representa um crescimento de 13% em relação aos US$ 39,30 bilhões de 2024. Em conferência para especialistas de mercado, nesta quinta-feira, 31, sobre os resultados financeiros da companhia, Tim Cook, CEO da Apple, disse que este desempenho foi impulsionado pela “incrível popularidade da família iPhone 16”, que cresceu dois dígitos a mais do que sua versão anterior, o iPhone 15.
O segmento de serviços — o qual fazem parte App Store, iCloud, Apple Music, AppleCare, Apple Pay, entre outros — estabeleceu um novo recorde de receita, totalizando US$ 27,42 bilhões, o que representa um aumento de 13,2% ante os US$ 24,21 bilhões do ano anterior. A vertical representa hoje cerca de 29,2% do faturamento total da empresa.
A App Store, parte desta vertical, também registrou “crescimento de dois dígitos na receita”, de acordo com Cook, estabelecendo um recorde para o período.
iPad
A receita do iPad foi de US$ 6,58 bilhões no período. Embora Tim Cook tenha expressado entusiasmo pelo iPadOS 26 como a “maior atualização de software de iPad já vista”, a receita desta categoria apresentou queda de 8% em relação aos US$ 7,16 bilhões do mesmo trimestre do ano anterior.
Wearables, home e acessórios
Este segmento gerou US$ 7,40 bilhões em receita para o trimestre. E, apesar de Tim Cook ter mencionado um “recorde para o trimestre de junho em atualizadores para o Apple Watch” e a celebração do 10º aniversário do relógio inteligente, a receita geral da categoria também mostrou uma queda (-8,64%) em comparação com os US$ 8,1 bilhões no mesmo período de 2024.
Inteligência artificial
Um dos destaques da apresentação dos executivos da big tech foi o foco da Apple em inteligência artificial. A empresa está incorporando IA em todos os seus dispositivos, plataformas e em toda a companhia, com investimentos crescentes. A estratégia da Apple é pegar as tecnologias mais avançadas e torná-las fáceis de usar e acessíveis para todos.
Com o Apple Intelligence, a empresa está integrando recursos de IA de forma que seja cada vez mais personalizada, mas com preocupações em privacidade. Já foram lançados mais de 20 recursos do Apple Intelligence, incluindo inteligência visual, ferramentas de limpeza de fotos e ferramentas de escrita poderosas. Mais capacidades estão previstas para este ano, como tradução ao vivo e um “workout buddy”, além de suporte a novos idiomas.
Uma Siri mais personalizada é esperada para o próximo ano.
O Apple Silicon é a base dessas experiências, permitindo que recursos do Apple Intelligence rodem diretamente no dispositivo. Para tarefas mais avançadas, os servidores da Apple, também alimentados por Apple Silicon, oferecem maiores capacidades, preservando a privacidade do usuário através de sua arquitetura de computação em nuvem privada.
Desempenho Regional
O crescimento foi evidente em diversas regiões, com “recordes de receita em mais de duas dúzias de países e regiões”. As Américas registraram US$ 41,20 bilhões em receita, a Europa US$ 24 bilhões, a Grande China US$ 15,37 bilhões, o Japão US$ 5,78 bilhões, e o Resto da Ásia-Pacífico US$ 7,67 bilhões no trimestre. O CEO da Apple destacou ainda o crescimento do iPhone em “todos os segmentos geográficos e crescimento de dois dígitos em mercados emergentes, incluindo Índia, Oriente Médio, Sul da Ásia e Brasil”.