15% das grandes empresas brasileiras já experimentam inteligência artificial agêntica em suas operações, aponta pesquisa sobre maturidade no uso de IA nas Américas realizada pela IDC em parceria com a Intel e divulgada nesta quinta-feira, 14.

A definição de IA agêntica aplicada na pesquisa é a de soluções que usam IA para automatizar processos, integrando sistemas e tomando decisões de forma autônoma.

As áreas que mais serão beneficiadas por essa tecnologia, de acordo com as empresas brasileiras, são as de operações de TI, segurança digital e desenvolvimento de software.

A pesquisa também apurou que 58,7% das grandes empresas brasileiras utilizam IA tradicional (aquela com soluções determinísticas, criadas com técnicas como machine learning) e 55,3% usam soluções com IA generativa.

Ao mesmo tempo, 21,4% das empresas brasileiras entrevistadas não realizaram ainda um inventário dos seus dados, o que é fundamental para o bom funcionamento de soluções de IA.

Em uma escala de 1 a 5 sobre condições sócio-político-econômicas e de infraestrutura para o desenvolvimento da IA no país, o Brasil teve média 3,74, de acordo com a percepção das empresas participantes da pesquisa. Foram considerados cinco aspectos: políticas públicas, ambiente regulatório, investimento governamental, infraestrutura de tecnologia e educação.

Para efeito de comparação, as notas de outros três países incluídos na pesquisa foram: EUA (4,15), Canadá (4,07) e México (3,73).

IA agêntica nas Americas

Ao todo a pesquisa entrevistou executivos C-level e diretores de 462 grandes empresas do Brasil, Canadá, EUA e México.

Considerando os quatro países, 56,2% das empresas usam soluções de IA tradicional; 56,1%, IA generativa; e 14,5%, IA agêntica. Algumas das respondentes utilizam soluções de mais de um tipo de inteligência artificial.

451 das 462 empresas afirmam que tiveram ganhos de produtividade com a adoção de IA. Em média, a melhora foi da ordem de 20%, mas há empresas que reportaram um aumento de até 49% em sua produtividade graças à IA.

Apenas 11 empresas relataram não ter obtido nenhum benefício ou até mesmo ter sofrido algum prejuízo por causa da adoção dessa tecnologia.

“Não existe mais dúvida se a IA vai trazer ganhos para as empresas”, comentou Fabiano Sabatini, diretor de alianças e especialista de IoT da Intel na América Latina, durante a apresentação dos resultados da pesquisa.

Levar a IA para as empresas, em todas as camadas das redes, on-premise, na borda e na nuvem, é uma das prioridades atuais da Intel na América Latina, afirmou sua presidente para a região, Giselle Ruiz Lanza, em conversa com a imprensa na mesma ocasião.

Os gastos com IA nas Américas deve crescer em média 32,9% ao ano entre 2023 e 2028, quando alcançará US$ 477,8 bilhões, projeta a IDC. A consultoria calcula que a IA vai gerar um aumento de 3,5% no PIB mundial até 2030.

A ilustração no topo foi produzida por Mobile Time com IA

*O jornalista viajou para São Paulo a convite da Intel

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!

E siga o canal do Mobile Time no WhatsApp!