A Perplexity (Android, iOS) anunciou nesta semana o Comet Plus, um sistema de assinatura que permite acesso a conteúdos premium de jornalistas e veículos noticiosos e o Claude (Android, iOS) da Anthropic ganhou uma extensão no Google Chrome (Android, iOS).
Perplexity

Modelo de negócio da Perplexity para criadores de conteúdo (divulgação)
O formato é o primeiro de uma empresa de inteligência artificial que tem como objetivo pagar os criadores de conteúdo. Neste modelo de negócios, 80% da receita obtida com as assinaturas será repassada aos conteudistas e os outros 20% serão destinados à Perplexity para custear o uso de computação.
O ganho é por visitas dos usuários, indexação nas buscas e ações de agentes.
Em contrapartida, o consumidor terá conteúdo em buscas com mais contextualização, navegação no Comet e em conversas com agentes de inteligência artificial: “Os criadores de conteúdo devem receber uma compensação que seja compatível com esta nova realidade”, relata a companhia em seu blog.
“À medida que a Internet evolui da informação para incluir conhecimento, ação e oportunidades, o conteúdo excelente de editores e jornalistas importa ainda mais. Os usuários estão fartos de caça-cliques de baixa qualidade, experiências com alta fricção e links sem a informação buscada”, completou. “Os usuários não estão sozinhos. Os editores e jornalistas foram forçados a se adaptar a esse modelo da web e perderam a confiança dos leitores ao corroerem suas marcas para continuarem vivos”, conclui.
O modelo de conteúdo da Perplexity terá um custo mensal individual de US$ 5. Os pagantes do Perplexity Pro e Max terão o Comet Plus inclusos em suas assinaturas. A lista de empresas jornalísticas envolvidas no projeto será lançada quando o navegador Comet ficar disponível para os usuários.
A criação de um modelo de negócios surge em um momento que as companhias de mídia avançam contra plataformas de IA que não estão pagando pelo uso de conteúdos profissionais criados por editores e jornalistas. Esses materiais são usados para robustecer os serviços de IA generativa com informações de qualidade.
Por exemplo, o NY Times e a Folha de São Paulo estão processando a OpenAI. E a Anthropic ganhou uma disputa judicial nos EUA recentemente que permitiu usar um livro para treinar sua IA.
Claude

Claude encontra e-mail malicioso no Chrome (divulgação)
Por sua vez, a extensão do Claude no Chrome começará com 1 mil assinantes do plano Max. A ideia é que o uso da IA com o navegador ajude os usuários a gerenciar calendários, agendar reuniões, rascunhar respostas de e-mail e lidar com relatórios de despesas.
A Anthropic explicou que o motivo para começar com essa base é para criar medidas de segurança, pois há vulnerabilidades no uso do Claude com o browser. Um exemplo de ação danosa são os ataques de injeção rápida, ou seja, os agentes maliciosos ocultam sites, documentos e e-mails para induzir as IAs a ações danosas, como excluir arquivos, roubar dados e realizar transações financeiras.
Para combater os ataques, a API do Claude no Chrome possui controles para os usuários, como o cancelamento do acesso da IA a determinados sites e confirmações de ações que alertam os internautas em ações de alto risco.
Para participar do testes, há uma lista de espera que pode ser preenchida por meio deste site.
Imagem principal: Ilustração produzida por Mobile Time com IA