O Banco Central cobrará R$ 0,01 pela liquidação de cada 10 pagamentos instantâneos na plataforma do PIX, informou Breno Lobo, chefe de subunidade no departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro do Banco Central, durante a live “A desmaterialização do dinheiro em tempos de pandemia”, realizada por Mobile Time nesta quinta-feira, 21. O valor será pago ao BC pela instituição que receber a ordem de pagamento. A tarifa deverá cobrir os custos com a operação da plataforma, que está sendo desenvolvida e será gerida pelo BC.

Lobo informou também que o BC está redigindo uma norma para que seja garantida às pessoas físicas uma determinada quantidade de transações por PIX de graça, tal como já acontece com alguns outros serviços financeiros.

Até 1º de junho, o BC está recebendo os cadastros das instituições que querem aderir ao PIX em seu lançamento, previsto para novembro. Para bancos com mais de 500 mil contas ativas, a integração com a plataforma é obrigatória. De acordo com Lobo, 109 instituições estão em processo de adesão, sendo 34 delas obrigatórias.

Cronograma

Durante participação no encontro online promovido por Mobile Time, o chefe de subunidade do BC explicou que o cronograma para o PIX está mantido para novembro deste ano, mesmo diante da crise do novo coronavírus.

“Entre junho e outubro, depois dos cadastros, teremos os testes homologatórios. A oferta do PIX começa em 16 de novembro, como está no cronograma. E, em dezembro, reabriremos o processo de cadastro (para novas empresas)”, explicou o especialista do BC sobre o calendário de implementação.

Dinheiro x digital

Durante o evento virtual, Lobo revelou parte de um estudo do BC que mostra que cerca de 80% das transações no Brasil acontecem com dinheiro. Ou seja, apenas aproximadamente 20% das operações financeiras são eletrônicas/digitais. “Todo esse contexto de pandemia e de digitalização traz uma mudança cultural muito rápida.  O PIX ajudará nisso”, disse o representante da autarquia.

Um dos temas discutidos no painel foi a possibilidade de transmissão do novo coronavírus por meio de cédulas em papel. Um representante da Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV) que assistia à live, porém, lembrou que o vírus também pode permanecer ativo sobre superfícies plásticas, como cartões de crédito e máquinas de POS também.

Lives

A próxima live promovida por Mobile Time terá com o tema “Bots e autoatendimento: novos canais digitais ganham força na quarentena” e acontecerá no dia 28 de maio, entre 9h30 e 11h. Farão parte do painel: Ana Carolina Castro, gerente executiva de negócios digitais do Banco do Brasil; Carla Beltrão, diretora de e-care da Vivo; Celso Tonet, diretor de atendimento ao cliente e call center da Claro; Maurício Castro, diretor de marketing e transformação da Atento; e Roberto Costa, CEO da Take.

Mais informações sobre o evento: 11-3138-4619 (WhatsApp) ou [email protected].

Confira aqui a programação de lives do Mobile Time.