Baby, da Telesp, foi o primeiro celular pré-pago do Brasil. (Crédito: divulgação)

Um dos serviços que impulsionou a telefonia celular no Brasil, o pré-pago, foi lançado em 7 de setembro de 1995, pela operadora TMN, de Portugal. Foi uma ideia da gerente de marketing da companhia, Margarida Cunha, para manter os clientes. O conceito era simples: a pessoa não precisava assinar um contrato ou pagar mensalidades, tornando mais flexível sua adesão aos serviços da operadora, com mais controle sobre quanto pagar.

O primeiro cartão pré-pago do mundo se chamava Mimo. O plano era tão inovador e fácil que colocaria até um mímico para falar – daí o nome. Foi um sucesso mundial. Em Portugal, a taxa de pré-pagos atingiu 80%, em 1999, poucos anos depois do lançamento do serviço. Segundo estudo da Ding Global Prepaid Index (GPI) de 2021, com 7 mil pessoas da Europa, Estados Unidos, América do Sul, Oriente Médio e Ásia, 53% das pessoas utilizaram crédito de telefone pré-pago em 2021.

A Telesp Celular foi a primeira operadora a lançar um plano do tipo no Brasil, em 1998, com o Baby. O aparelho vinha com um crédito de R$ 100, válido por três meses. Com tarifa de ligação a R$ 1,40, era possível realizar somente recargas de R$ 50 e R$ 100. Foi um sucesso por aqui também. Em 2005, 81% dos 76,6 milhões de celulares existentes no País eram pré-pagos. 

Em novembro de 2020, o segmento de aparelhos nessa modalidade foi superado pela primeira vez pelo pós-pago, com 50,3% das linhas no Brasil utilizando o serviço, segundo a Anatel. Ainda assim, uma outra pesquisa da Ding revelou que 86% dos usuários brasileiros de telefonia já haviam usado ou usavam uma linha pré-paga.