Com a queda nas vendas de CDs e o crescimento da pirataria de música pela internet, em abril de 2003, a Apple lançava a iTunes Music Store, aplicativo voltado para alimentar o iPod. Inicialmente disponível somente para computadores Mac, em outubro daquele ano foi lançada a versão para o Windows.

A Napster possibilitou o download gratuito de músicas em 1999, e a Apple se uniu aos artistas e gravadoras e trouxe a novidade de cobrar por faixas. Por US$ 0,99 era possível comprar uma única música de um álbum. Em 2002, Steve Jobs fechou um acordo com as maiores gravadoras, como EMI, Warner, Sony e BMG.

Rapidamente a plataforma se tornou a maior “vendedora” de música do mundo. No primeiro trimestre de 2011, o produto já tinha lucrado quase US$ 1,4 bilhão. Três anos depois, em 2014, a loja virtual alcançou a marca de 35 bilhões de músicas vendidas no mundo todo.

A iTunes Store foi descontinuada para usuários da fabricante em 2019, quando a empresa dividiu em três aplicativos. O iTunes continua disponível para usuários do Windows, mas para o gerenciamento de dispositivos e não mais no conteúdo de mídia.

Streaming

A iTunes Store levou as primeiras rasteiras comerciais por volta de 2016, quando as vendas caíram 24% e as análises já apontavam para o crescimento do serviço de streaming musical.

O movimento do mercado e a mudança no consumo de música acabou levando a Apple a se reposicionar.

Atualmente a plataforma está presente em todas as aplicações da Apple e possui 60 milhões de músicas no catálogo, porém iTunes, como aplicativo, foi descontinuado no macOS e foi substituído pelos apps Apple Music, Apple TV e Apple Podcasts. No entanto, a iTunes Store ainda está acessível dentro desses novos aplicativos para compra e download de músicas, filmes, programas de TV e podcasts. No Windows, o iTunes ainda existe como um aplicativo para gerenciar dispositivos Apple e para acessar a iTunes Store.

Com o iPod e o iTunes, a Apple revolucionou o mercado da música antes do boom dos streamings. Jobs, que morreu em 2011, era conhecidamente contrário à ideia. “As pessoas nos disseram o tempo todo que não queriam alugar suas músicas. Só para deixar claro: música não é como um vídeo. Seu filme preferido, você pode assisti-lo 10 vezes na sua vida. Suas músicas, você ouvirá mil vezes na vida. Se custa $10 por mês ou mais de $100 por ano por uma taxa de adesão para alugar aquela música, isso significa que para que eu ouça a minha música preferida em 10 anos, eu paguei mais de $ 1 mil em mensalidade para ouvir essa música daqui a 10 anos. E isto não pega com os clientes, eles não querem aluguéis”, analisou em 2003.

Apple, entretanto, foi obrigada a esquecer o que dizia seu fundador e reformular sua estratégia em música digital, ao lançar seu serviço de streaming Apple Music em junho de 2015.

A ilustração no alto foi produzida por Mobile Time com IA

 

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