Nem sempre os celulares tiveram SIMCard. Em 1991, a companhia alemã Giesecke+Devrient lançou o primeiro cartão SIM. 300 unidades foram fabricadas especialmente para a operadora finlandesa Radiolinja, a primeira a promover uma ligação em rede GSM no mundo, naquele mesmo ano. Com suporte para redes 2G, ele tinha dimensões de 85,6mm × 53,98mm × 0,76mm – do tamanho de um cartão de crédito.

Essas primeiras versões possuíam armazenamento de 32 KB, o suficiente para cinco mensagens de texto e 20 contatos, a 128 KB. Devido ao seu tamanho, era utilizado principalmente em telefones de carro e alguns dos primeiros celulares portáteis. Também chamado de 1FF, que quer dizer First Form Factor (primeiro formato, em inglês), baseava-se em especificações do European Telecommunications Standards Institute (ETSI).

os SIMcards surgiram da necessidade. Com os telefones fixos, era fácil identificar os assinantes, já que as linhas eram ligadas a uma localização física. Quando os dispositivos móveis começaram a se popularizar, foi preciso pensar em uma forma de ligar a identidade do assinante não a um endereço, mas sim ao próprio celular. A solução deveria ser removível, de modo a permitir que os usuários pudessem trocar de dispositivo.

SIM quer dizer Subscriber Identity Module, ou Módulo de Identidade do Assinante, em tradução livre. Originalmente, era apenas uma ferramenta de autenticação que permitia a comunicação entre celulares. O circuito integrado permite um acesso seguro à rede móvel, já que os usuários devem se autenticar para usar uma determinada rede. Por meio de um cartão SIM, recebem o direito de usar uma rede da operadora.

Um dos maiores benefícios que a ferramenta trouxe para os consumidores foi a possibilidade de transferir o seu número de um celular para outro apenas trocando o cartão. Eles também permitem guardar contatos e números, que podem ser usados em qualquer celular. Além de funções mais práticas, também eram usados pelas operadoras como uma forma de construir a marca, fazendo parcerias para lançamento de cartões SIM temáticos, por exemplo.

SIMs modernos são usados quase exclusivamente para armazenar dados necessários para autenticação de rede, além de alguns aplicativos. Ele inclui o Identificador de Cartão de Circuito Integrado (ICCID), que é o próprio número de série do SIM, e o número da conta do assinante, conhecido como International Mobile Subscriber Identity (IMSI). Este contém códigos de identificação para qual país e rede o cartão deve ser usado, além do número de telefone do assinante. O SIM dispõe de uma chave de autenticação exclusiva verificada no banco de dados da operadora, quando o dispositivo tenta se conectar à rede.

A primeira geração de cartões SIM foi sucedida pelo lançamento do mini-SIM, em 1996, diminuindo significativamente de tamanho. Com o tempo, ele foi sendo reduzido, levando à adoção do Micro-SIM em 2010, seguido pelo Nano-SIM em 2012. O Embedded SIM, ou eSIM, lançado mais recentemente, é soldado diretamente à placa-mãe do dispositivo. As dimensões dos cartões SIM ao longo da história foram ditadas pelo padrão internacional ISO/IEC 7810, destinado a tamanho e formato de cartões de identificação. Cada versão do SIM utilizou essencialmente os mesmos componentes ativos, apenas foram implantados em cartões de PVC cada vez menores.