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Por muito tempo, o uso de celular – ou qualquer outro tipo de dispositivo eletrônico que emitisse algum sinal sem fio – era proibido em voos do mundo todo. Hoje em dia, é possível usufruir do smartphone nas alturas, desde que esteja em modo avião. No Brasil, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) liberou a utilização de aparelhos pela primeira vez para uma companhia aérea em 2015. Existem muitas aeronaves que até oferecem serviços de Wi-Fi. Ainda assim, em pleno 2022, ligações pelo celular são proibidas em deslocamentos aéreos.

O motivo é simples: ao se conectar com redes celulares, transmitindo e recebendo sinais das torres mais próximas, os dispositivos eletrônicos emitem ondas que têm o potencial de interferir nos sistemas de comunicação e navegação das aeronaves. As redes de segunda geração, como GSM, eram notórias por causarem interferências em outros sistemas eletrônicos. Mesmo que problemas desse tipo tenham sido constatados, nenhum estudo até hoje conseguiu comprovar alguma situação prática em que isso possa causar riscos de segurança nos voos. Mas vai que, não é mesmo?

Com o avanço da tecnologia, entretanto, pode ser que esse assunto fique no passado. Tendo em vista o uso generalizado de smartphones, notebooks e outros dispositivos globalmente, os aviões modernos são equipados com recursos que blindam possíveis problemas externos. Seus sistemas eletrônicos são cobertos por um material eletricamente condutivo, prevenindo interferências eletromagnéticas de aparelhos como computadores e celulares. As companhias aéreas também possuem à disposição picocells, que são pequenas bases de celular capazes de cobrir pequenas áreas. Já em 2012 a britânica Virgin Atlantic passou a oferecer o serviço nos seus aviões.