Lançado em setembro de 2014, há quase dez anos, o iPhone 6 foi a geração de smartphone da Apple que mais vendeu na história – foram 222,4 milhões de unidades. Na verdade, ele é o terceiro celular que mais vendeu até hoje, depois do Nokia 1100 e do 1110. Embora seja difícil atribuir seu sucesso a um único fator, há vários motivos que contribuíram para sua popularidade. Além de melhorias em componentes e no software, o modelo possuía alguns diferenciais em relação aos anteriores que explicam o seu sucesso.

Na época, Apple bateu recorde atrás de recorde, nas vendas dos dois iPhone 6. Só no pré-lançamento, foram reservadas mais de 4 milhões de unidades, no primeiro dia. E nos três primeiros dias foram vendidas 10 milhões.

Talvez o principal tenha sido o fato de que o iPhone 6 introduziu uma mudança significativa no design, ao oferecer uma tela maior, em comparação com seus antecessores. Na época, os celulares de outras fabricantes já vinham com uma tendência de aumento do tamanho da tela. A Apple cedeu aos padrões da indústria, oferecendo o modelo base com 4,7 polegadas, um incremento de 0,7 polegadas em relação ao iPhone 5S. Pela primeira vez, a companhia também lançou uma alternativa com tela ainda maior, o iPhone 6 Plus, com 5,5 polegadas.

O iPhone 6 também teve grande apelo por conta do design diferente das gerações anteriores. Ele era mais fino, com 6,9 mm (7,1 mm no Plus), contra 7,6 do antecessor. Para se ter uma ideia, o modelo mais recente da maçã, iPhone 14, tem 7,8 mm. Com bordas arredondadas, o corpo de alumínio também tornava-o visualmente atraente, em comparação com o modelo mais reto anterior.

A sexta geração do iPhone foi a primeira a dispor da tecnologia de NFC (Near Field Communication). Na prática, isso permitiu a criação do Apple Pay, possibilitando pagamentos por aproximação. Neste primeiro momento, inclusive, os usuários só podiam usar a carteira digital da Apple, que se completava com o uso do Touch ID, para finalização de transações, tecnologia presente no smartphone desde o iPhone 5S.

O handset também esteve envolvido em controvérsias. Uma das principais ganhou até um nome da mídia: o bendgate. Alguns usuários relataram que o celular entortava facilmente em situações nas quais era pressionado, como em bolsos apertados. A Apple chegou a dizer que havia recebido apenas nove reclamações formais sobre isso, afirmando que os danos devido ao uso regular eram raros. A empresa se propôs a trocar o celular de quem o mostrasse entortado.