Mobieditorial; Bookwire

Durante os primeiros 45 dias da pandemia no Brasil, a Bookwire teve um crescimento exponencial com a distribuição de 18 milhões e-books e audiolivros. O número representa quase a totalidade de vendas de 2019. Os dados foram compartilhados por Marcelo Gioia, managing diretor no Brasil da Bookwire, durante o Mobieditorial, evento online promovido por Mobile Time nesta terça-feira, 2.

A empresa é uma agregadora digital, uma interface de gestão terceirizada para as editoras administrarem seus acervos digitais. Nascida na Alemanha em 2009, a Bookwire está no Brasil desde 2013 e sempre registrou crescimento mês a mês. Assim, quando começou o isolamento social, a companhia registrava, em fevereiro de 2020, seu melhor mês em receita desde o início de suas operações.

Em março, a Bookwire começou a oferecer conteúdo gratuito ou com descontos agressivos. Houve picos entre abril e maio, quando a empresa registrou um resultado 180% maior na comparação com o mesmo período de 2019. “O mais interessante dessa aceleração é que ela aparentemente veio para ficar. Tirando os picos de 110%, 120%, temos o novo platô de consumo, com grande aumento da base de usuários trazido pela pandemia e mudança pequena no hábito do consumidor”, resumiu Gioia.

A Bookwire trabalha com quatro ativos das editoras: e-books, audiolivros, podcast editorial e POD (PDF que vai para a impressão sob demanda). É parceira de mais de 2 mil editoras no mundo, sendo que, no Brasil, são 560, e tem no seu catálogo mais de 600 mil epubs e mais de 94 mil audiobooks hoje em dia.

A empresa está presente em três verticais: varejo, como Amazon, Google, Cultura, Apple; assinatura, com parcerias com empresas de de tecnologia, como Kindle, Storytel, por exemplo; e agregadores de bibliotecas, tais como Árvore e Overdrive, outros exemplos. Para o mundo todo, a Bookwire distribui os produtos das editoras em 1.040 canais diferentes.